Além do Cidadão Kane

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

George Bush, ou a idade da mentira

José Saramago


Pergunto-me como e porquê Estados Unidos, um país em tudo grande, tem tido, tantas vezes, tão pequenos presidentes. George Bush é talvez o mais pequeno de todos eles. Inteligência medíocre, ignorância abissal, expressão verbal confusa e permanentemente atraída pela irresistível tentação do puro disparate, este homem apresentou-se à humanidade com a pose grotesca de um cowboy que tivesse herdado o mundo e o confundisse com uma manada de gado. Não sabemos o que realmente pensa, não sabemos sequer se pensa (no sentido nobre da palavra), não sabemos se não será simplesmente um robot mal programado que constantemente confunde e troca as mensagens que leva gravadas dentro. Mas, honra lhe seja feita ao menos uma vez na vida, há no robot George Bush, presidente dos Estados Unidos, um programa que funciona à perfeição: o da mentira. Ele sabe que mente, sabe que nós sabemos que está a mentir, mas, pertencendo ao tipo comportamental de mentiroso compulsivo, continuará a mentir ainda que tenha diante dos olhos a mais nua das verdades, continuará a mentir mesmo depois de a verdade lhe ter rebentado na cara. Mentiu para fazer a guerra no Iraque como já havia mentido sobre o seu passado turbulento e equívoco, isto é, com a mesma desfaçatez. A mentira, em Bush, vem de muito longe, está-lhe no sangue. Como mentiroso emérito, é o corifeu de todos aqueles outros mentirosos que o rodearam, aplaudiram e serviram durante os últimos anos.
George Bush expulsou a verdade do mundo para, em seu lugar, fazer frutificar a idade da mentira. A sociedade humana actual está contaminada de mentira como da pior das contaminações morais, e ele é um dos principais responsáveis. A mentira circula impunemente por toda a parte, tornou-se já numa espécie de outra verdade. Quando há alguns anos um primeiro-ministro português, cujo nome por caridade omito aqui, afirmou que “a política é a arte de não dizer a verdade”, não podia imaginar que George Bush, tempos depois, transformaria a chocante afirmação numa travessura ingénua de político periférico sem consciência real do valor e do significado das palavras. Para Bush a política é, simplesmente, uma das alavancas do negócio, e talvez a melhor de todas, a mentira como arma, a mentira como guarda avançada dos tanque e dos canhões, a mentira sobre as ruínas, sobre os mortos, sobre as míseras e sempre frustradas esperanças da humanidade. Não é certo que o mundo seja hoje mais seguro, mas não duvidemos de que seria muito mais limpo sem a política imperial e colonial do presidente dos Estados Unidos, George Walker Bush, e de quantos, conscientes da fraude que cometiam, lhe abriram o caminho para a Casa Branca. A História lhes pedirá contas.


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Chávez salienta papel de colaboradores cubanos

POR AGNERYS RODRÍGUEZ GAVILÁN FOTO DE OTMARO RODRÍGUEZ


Desde sua criação, há cinco anos, em 16 de abril de 2003, a Missão Bairro Adentro I deu 308 milhões consultas, das quais, 136 mil foram a domicílio nos bairros e comunidades, sendo salvas 99.873 pessoas.
Tais resultados foram tornados públicos pelo chefe de Estado venezuelano, Hugo Chávez Frías, em seu programa Alô, presidente n.o 318 no domingo, 24 de agosto, transmitido da comunidade de La Bombilla, em Petare, estado de Miranda, lugar escolhido para o lançamento oficial da Missão 13 de Abril, que, segundo suas palavras, é a que “deve sintetizar as missões já existentes e lhe conferir uma nova dimensão, tendo um maior impacto na transformação integral das comunidades”.
O presidente venezuelano saudou o líder da Revolução cubana, Fidel Castro Ruz, ocasião que aproveitou para se referir às missões sociais da Revolução Bolivariana, muito especialmente àquelas de maior impacto na qualidade de vida do povo, e destacar os serviços que prestam os colaboradores da Ilha.
Além do mais, ressaltou outras tarefas muito importantes do processo revolucionário nesse país latino-americano. Afirmou que “a Missão José Gregorio Hernández corre bem por toda parte. Até hoje, este projeto social terminou estudos em 19 estados do país e no município de Libertador 283.946 pessoas deficientes, registando uma taxa de 1,10% em cada 100 habitantes”.
Foram visitados 449.445 lares, interagindo com mais de 2,3 milhões de pessoas.
Participaram da missão, além dos especialistas cubanos, uns 26.437 venezuelanos, dos quais 4.943 são estudantes de medicina integral comunitária e 2.294, membros da Frente Francisco de Miranda.
“Estes avanços, destacou o presidente Chávez, não tivessem sido possíveis com governos capitalistas, porque a primeira coisa que teriam feito seria expulsar os cubanos e suspender estes planos, inclusive, Bairro Adentro e José Gregorio Hernández.”
A respeito da Missão 13 de Abril, Chávez indicou que “consiste num plano intensivo e acelerado de dotação dos serviços públicos básicos: água potável, águas servidas, energia elétrica, viabilidade, moradia, escolas, saúde; para reforçar o apoio aos conselhos comunitários, isto é, o fotalecimento do Poder Comunitário”.
Esta leva esse nome devido ao protagonismo do povo venezuelano, em 13 de abril de 2002, que garantiu o retorno à democraia participativa.


Nota do Editor: Só o Brasil não precisa dos médicos formados em Cuba... deve ser pelo alto padrão da saúde pública nacional...


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Mídia acoberta terroristas da Bolívia


Os bandos terroristas, organizados e armados pela elite racista que desrespeita o voto popular, são tratados como “comitês cívicos”, e o embaixador dos Estados Unidos, que acaba de ser expulso da Bolívia por estimular abertamente a divisão do país, é apresentado pela mídia subserviente como “negociador”
ALTAMIRO BORGES*


“Se precisar, vai ter sangue. É preciso conter o comunismo e derrubar o governo deste índio infeliz”. Jorge Chávez, líder da oligarquia racista de Tarija. “Não vejo razão pela qual se deve permitir o Chile se tornar marxista pela irresponsabilidade de seu povo”. Henry Kissinger, secretário de Estado dos EUA, poucos dias antes do golpe de 11 de setembro de 1973 que derrubou Salvador Allende.
É repugnante a cobertura que o grosso da mídia hegemônica tem dado aos trágicos confrontos na já sofrida Bolívia. Os serviçais da TV Globo tratam os chefões golpistas como “líderes cívicos” e “dirigentes regionais”. Miriam Leitão, que esbanjou valentia ao sugerir que o governo brasileiro retirasse o nosso embaixador de La Paz e enviasse tropas às fronteiras quando da estatização do petróleo, agora é toda afável com a oligarquia racista deste país. Outros “colunistas” bem pagos da mídia chegam a insinuar que a culpa pelos violentos conflitos, que já causaram oito mortes, é do presidente Evo Morales, “um radical e populista” que instigou o separatismo regional.
A manipulação é grotesca até na terminologia. No caso das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que há décadas enfrentam as oligarquias paramilitares e que foram excluídas violentamente da luta institucional no país, os guerrilheiros são estigmatizados como terroristas, narcotraficantes, bandidos. Já os bandos terroristas da Bolívia, organizados e armados pela elite racista que desrespeita o voto popular, são tratados como “comitês cívicos” e “grupos rebeldes”. O embaixador estadunidense Philip Goldberg, que acaba de ser expulso da Bolívia por estimular abertamente a divisão do país, é apresentado pela mídia subserviente como “negociador”.
A TRISTE LEMBRANÇA DO CHILE
O que está em curso na Bolívia é um golpe fascista organizado pela oligarquia local e teleguiado pelos EUA. Seus métodos terroristas lembram o ocorrido no Chile, em setembro de 1973, noutro golpe sangrento orquestrado pelo “império do mal”. Visam desestabilizar e derrubar o governo democraticamente eleito de Evo Morales, confirmado em agosto num referendo. Poucos são os veículos midiáticos e os “colunistas” que denunciam esta conspiração, talvez porque torçam pela derrota do que FHC chamou num “paper” ao governo Bush de “esquerdização da América Latina”. Como verdadeiro “partido da direita e do capital”, a mídia burguesa não tolera a democracia!
Uma das raras exceções foi o lúcido artigo de Clóvis Rossi, que há muito estava adormecido por seu rancor antiesquerda. “O que está em andamento na Bolívia é uma tentativa de golpe contra o presidente Evo Morales. Segue uma linha ideológica e táticas parecidas as que levaram ao golpe no Chile, em 1973, contra o governo de Salvador Allende, tão constitucional e legítimo quanto o de Evo Morales. Os bloqueios agora adotados nos Departamentos são uma cópia dos locautes de caminhoneiros que ajudaram a sitiar o governo Allende... Nem o governo nem a oposição no Brasil têm o direito ao silêncio”, escreveu, relembrando sua perspicácia e coragem do passado.
O CRIMINOSO PHILIP GOLDBERG
A conspiração golpista na Bolívia, acobertada pelo grosso da mídia nativa, exige rápida resposta das forças progressistas e democráticas do Brasil. Como afirmou Evo Morales, trata-se de “uma violência fascista com o objetivo de acabar com a democracia e dividir o país”. Sob o biombo da autonomia regional, governadores de cinco departamentos (estados) e abastados empresários têm financiado bandos terroristas que já assassinaram oito camponeses favoráveis ao governo eleito, saquearam prédios públicos, destruíram uma emissora estatal de televisão, sabotaram gasodutos, bloquearam rodovias e proibiram o próprio presidente de pousar em três aeroportos do país.
Segundo relatos de Marco Aurélio Weissheimer, da Carta Maior, na semana passada “grupos de jovens de setores da classe média branca, que não escondem seu sentimento racista em relação a Evo Morales, lideraram as manifestações. Capitaneados pela União Juvenil Cruzense (UJC), eles invadiram o prédio da empresa estatal de telecomunicação para ‘entregá-lo à administração do governo Rubén Costas’, de Santa Cruz. Na Televisión Boliviana/Canal 7, saquearam o escritório, destruíram computadores e fizeram uma fogueira na entrada do prédio”. Além de Santa Cruz, as ações terroristas ocorrem em outros quatro departamentos – Beni, Pando, Tarija e Chuquisaca.
Os EUA estão diretamente metidos no complô. O embaixador Philip Goldberg já foi fotografado em eventos da União Juvenil Cruzense (UJC), grupo terrorista de Santa Cruz que utiliza o slogan “terminemos com os ‘collas’ [indígenas], raça maldita”. A embaixada ianque até contratou vários destes bandidos. Goldberg é um fascista convicto. Como embaixador dos EUA na ex-Iugoslávia, ele orquestrou a crise no Kosovo e a sangrenta guerra civil separatista naquele país. Declarado persona non grata, ele finalmente foi expulso da Bolívia. “Não queremos aqui gente separatista, divisionista, que conspira contra a unidade do país”, justificou o presidente Evo Morales.
INTENSIFICAR A SOLIDARIEDADE
O governo, mesmo aberto ao diálogo, não tem se submetido à pressão dos golpistas, que exigem a anulação da nova Constituição e do referendo que aprovou a manutenção do mandato de Evo Morales. Ocorrido em 10 de agosto, por demanda da própria oposição, o referendo confirmou a força do atual presidente. Evo foi ratificado em 95 das 112 províncias do país e, apesar do caos promovido pelos golpistas, teve mais votos do que na eleição presidencial – obteve 67,41% dos votos, bem acima dos 53,3% em 2005. Sua votação cresceu em oito dos nove departamentos e o referendo ainda revogou o mandato de dois governadores ligados às oligarquias racistas.
Desesperada, a elite investe no terrorismo e esbarra na resistência do governo e do povo. “Vamos agir com serenidade, mas também com firmeza”, diz Alfredo Rada, ministro da Defesa. Walker Sam Miguel, ministro do Interior, garante que “os fascistas não passarão”. O governo já decretou estado de sítio, ameaça deter os chefes terroristas e acionou tropas do exército nos departamentos para garantir o fornecimento de gás e a ordem pública. A derrota dos fascistas, porém, exige o apoio dos governos e dos movimentos sociais na América Latina. O que está em jogo é o avanço da democracia, é a derrota das oligarquias, do “império do mal” e da mídia mentirosa.
*Jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB - Partido Comunista do Brasil, autor do livro “Sindicalismo, resistência e alternativas” (Editora Anita Garibaldi).


Original em Hora do Povo



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Separatistas expõem racismo e ódio contra o povo boliviano

Os moradores do bairro popular Plan 3000, em Santa Cruz de la Sierra, denunciam o racismo dos separatistas: “Eles vêm aqui e nos chamam ‘índios de mierda’, nos chamam de filhos de lhama, que deveríamos ficar na montanha e comer pedras por lá”, denunciou o líder do bairro, Portugal Quispe.
Os separatistas expõem de forma desavergonhada sua ojeriza aos indígenas, que compõem mais de 60% da população, e sua repulsa voltada contra as classes mais pobres, compostas na maioria pelos índios cuja condição Evo busca elevar.
Picharam as ruas de Santa Cruz com instigações como “morte aos índios”.
“Divisão ou morte. Com essa negrada, não dá para conviver”, deblatera o membro do Comitê Cívico de Santa Cruz, Luis Alberto Argaz.
Também integra o comitê Andréz Gomez, um dos mais ricos empresários do departamento de Santa Cruz, que declarou: “São uma gente horrorosa. O cheiro é horrível. É um povo de não-cristãos. Não compartilham conosco os valores ocidentais e o amor ao capitalismo”.
O denominado “Comitê Cívico” é dirigido pelo filho de imigrantes croatas Branco Marinkovic, um dos maiores produtores de óleos de soja e girassol da região e também um dos maiores latifundiários da Bolívia. De sua produção, 80% ia para os Estados Unidos e os 20% que ficavam na Bolívia eram vendidos a um preço 68% maior do que o comercializado nos EUA. Realidade que mudou quando Morales determinou limites à exportação para garantir o acesso ao óleo pelos bolivianos. Branco responde a processos por apropriação indébita de propriedades, uma delas é área de 14.000 hectares, pertencente a famílias indígenas.
O jornalista e escritor Freddy Tarcaya Gallardo destacou que o pai de Branco, Silvio Marinkovic, chegou na Bolívia em 1950 “escapando do comunismo”, citando o próprio Branco. Declara Freddy que o pai de Branco escapou foi da Justiça, pois era vinculado ao denominado Estado Independente da Croácia, que serviu de regime títere apoiador da ocupação e dos massacres de Hitler contra croatas, judeus e ciganos (mais de meio milhão de mortos naquela região).
Em 1° de setembro, em um avião de matrícula C-90A, Marinkovic viajou aos EUA onde lhe disseram que era preciso jogar tudo no golpe. No dia 9 de setembro, horas depois do regresso de Marinkovic a Santa Cruz, começam protestos violentos, com invasão e queima de instituições públicas.
“Esses filhos dos oligarcas, dos latifundiários, dos contrabandistas tentam nos atacar. Mas nós estamos defendendo nosso território. E eles têm tanta coragem que contratam viciados para vir destruir aqui. Pagam 200 bolivianos (cerca de R$ 40) para esses vândalos, pobres como a gente, mas sem visão para ver o que está acontecendo”, denunciou Hugo Kayo, liderança do mesmo bairro, ao relatar os ataques dos fascistas.

Original em Hora do Povo
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domingo, 14 de setembro de 2008

Con el apoyo del embajador de EEUU

El golpe cívico prefectural está en marcha en Bolivia


EEUU está llevando a cabo un plan golpista para derrocar al gobierno popular del presidente Evo Morales mediante el CONALDE. Los hechos que están ocurriendo hoy en los departamentos del oriente obedecen a esta estrategia que aquí detallamos.

1. 13 de octubre de 2006: EEUU envía a Bolivia, como embajador, a Philip Goldberg, un experto en alentar conflictos separatistas. Entre 1994 y 1996 fue jefe de la Oficina del Departamento de Estado para Bosnia (durante la guerra separatista de los Balcanes). Luego, entre 2004 y 2006, Goldberg regresó como jefe de Misión en Pristina (Kosovo), allí consolidó la separación e independencia de esa región y dejó miles de muertos.

2. Philip Goldberg vino a Bolivia con la misión de desestabilizar al gobierno de Evo Morales, principalmente incentivando el separatismo de las regiones orientales. En Bolivia, después del histórico triunfo del 18 de diciembre de 2005, los partidos tradicionales y las élites quedaron completamente golpeadas. Goldberg se encargó de reorganizarlas y de señalarles un camino conspirativo para desgastar a Evo Morales.

3. Goldberg organizó una gran coordinación con empresarios del oriente, con dueños de medios de comunicación y políticos residuales de Podemos para adelantar un gran plan de desinformación respecto a la gestión de Evo Morales, todo esto dentro del marco de una intensificación de las luchas regionales contra el Estado boliviano:
a) Se debía mostrar que el narcotráfico crecía en Bolivia
b) Como segundo paso, los medios tenían que mostrar que Evo estaba gobernando mal, que la inflación, la corrupción y el desgobierno crecían.
c) También los medios debían de recargar la responsabilidad de la violencia sobre el gobierno de Evo Morales. Y se empezó a imponer el concepto de que Evo dividía a Bolivia.
Consolidados estos pasos, Goldberg se reúne, la primera semana de mayo, con Jorge Quiroga y acuerdan que el Senado apruebe el Referéndum Revocatorio. Su convencimiento era que Evo Morales no lograría pasar el 50% de los votos, y una vez deslegitimado en las urnas, la oposición y los prefectos del oriente pedirían la RENUNCIA del Presidente, “por ilegítimo, por mal gobernante y por dividir a Bolivia”.
Sin embargo, los prefectos que no habían sido consultados se oponen a este plan.
· 23 de junio: el Conalde se reúne en Tarija y elaboran un pronunciamiento escrito para rechazar el Referéndum Revocatorio (La Razón, 24 de junio).
· 17 de junio: Philip Goldberg viaja a EEUU (La Razón y La Prensa 17 de junio), inventando una supuesta crisis diplomática, allí coordina un plan con agencias publicitarias, con Goni y Sánchez Berzaín para desarrollar una guerra sucia y hacer que Evo pierda el referéndum.
· 2 de julio: Goldberg regresa a La Paz (La Prensa, 3 y 4 de julio) y se reúne con cada uno de los prefectos, para convencerlos de aceptar ir al Referéndum. Primero se reúne en Calacoto con el prefecto de Beni; luego influye sobre el Conalde para que acepte ir al Referéndum.
· 5 de julio: Los prefectos opositores aceptan ir al Referéndum (La Razón, 5 de julio). De este plan participaron también los dueños de las grandes cadenas de comunicación, por eso en todos los programas políticos las encuestas le daban a Evo Morales un promedio de 49% (La Prensa, 21 de julio). El intento de derrocamiento del gobierno por el voto estaba en marcha.
A esto se unió una intensa guerra sucia que Goldberg armó con agencias publicitarias de EEUU. En Bolivia fue contratada una agencia de publicidad paceña para elaborar los primeros spots negros contra Evo Morales. Pero al darse cuenta que los guiones y el dinero venían desde EEUU, esta agencia renunció a seguir produciendo la Guerra Sucia. Como parte activa de esta guerra sucia, se denuncian supuestos fraudes y desde las regiones orientales, se llama a una huelga de hambre masiva para empañar la elección. Este Plan para sacar a Evo del gobierno se ve afectado por el resultado insólito del Revocatorio. Evo se legitima con el 67% y a Goldberg no le queda más que poner en marcha un Plan B, un plan de paros, bloqueos y acciones violentas que pueden desembocar en dos salidas:
I) El conflicto se generalizaría y cubriría el oriente y parte de occidente, la gente se empezaría a cansar, las fuerzas del orden actuarían y habría muertos. Entonces Evo tendría que llamar a elecciones o dejar el gobierno después de muchos muertos. La insistente provocación a la policía y la FFAA para que actúen y disparen contra los unionistas se enmarca en este plan. II) Si no se diera esa primera situación, una vez desalojada la policía y el Estado nacional de las regiones, en medio de la violencia, con los pueblos del oriente en apronte y rebeldía, Goldberg ofreció a los prefectos traer mediadores internacionales, incluso cascos azules para concretar el separatismo de los 4 departamentos rebeldes, como lo hizo en Kosovo. Siguiendo este Plan Golpista, Goldberg viaja a Sucre y se reúne con la Prefecta Savina Cuellar. Esta prefecta pidió la renuncia del Presidente.
El jueves 21 de agosto se reúne clandestinamente con Rubén Costas y 4 congresistas estadounidenses. (Hay imágenes de TV).
El lunes 25 de agosto se reúne, también clandestinamente con Rubén Costas. (Gigavisión captó
las imágenes) Paralelamente, el Conalde rechazó el diálogo con el gobierno y el 24 de agosto convocó al paro general. Siguiendo la línea propuesta por Goldberg, los prefectos imponen un plan de desgaste a mediano plazo, con destrucción de instituciones públicas, tomas y persistentes
provocaciones (con golpizas incluidas) a la Policía y Fuerzas Armadas. En la misma línea golpista, en Santa Cruz y Tarija se empieza a hablar de federalismo y hasta de independencia (El Mundo, 22 de agosto).
· Como el empresariado cruceño estaba más interesado en la Feria de Santa Cruz (que debe empezar el 19 de septiembre) que en los paros y bloqueos, el Departamento de Estado convoca a
Branco Marinkovic a EEUU.
· 1 de septiembre: En la avioneta Beechcraft, matrícula C-90A, Marinkovic viaja a Estados Unidos donde lo convencen de que el Plan está en su tramo final y que hay que jugarse el todo por el todo.
· 9 de septiembre: Horas después del regreso de Marinkovic a Santa Cruz, se desata una jornada violenta, quema de instituciones y nuevas agresiones a las Fuerzas Armadas y Policía. Este es el plan golpista que está en marcha. Con el apoyo de la embajada de Estados Unidos de Norteamérica. ¿Por qué no puede consolidarse? Porque el gobierno de Evo Morales sigue controlando, con paciencia y manteniendo la legalidad, el conflicto que queda regionalizado. En base a la información que recibe, el presidente de la República anunció ayer que el embajador Goldberg ha sido declarado persona no grata y encomendó al canciller David Choquehuanca, realizar las gestiones correspondientes.
La violencia generada por grupos impulsados por este Plan Golpista es la forma en que los sectores conservadores muestran su decisión de acabar con la democracia porque ésta ya no les sirve a sus intereses. El pueblo boliviano, como lo confirmó el pasado 10 de agosto, es el depositario y defensor de la democracia, de la integridad nacional y de su soberanía. Las Fuerzas Armadas, la Policía Nacional, firmes y respetuosas de la Constitución, son conscientes de que, más allá de cualquier interés, hay que preservar la unidad de Bolivia.

10 de septiembre de 2008
Por la Bancada de Diputados del MAS:
César Navarro
Gustavo Torrico
Gabriel Herbas
René Martínez


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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Campanha mundial pela liberdade dos cinco é lançada em São Paulo

Adital
Diversos países começam a preparar atividades pela liberdade dos cincos cubanos presos há dez anos nos Estados Unidos. O lançamento da Campanha pela Libertação dos cinco Patriotas acontece no mundo todo. No Brasil, uma das atividades foi realizada em São Paulo capital, no ambiente Canto Madalena nesta quinta.
A exposição de fotos dos fotógrafos Lúcio Lisboa e do José Luiz Delahoz junto à Mostra de Fotografias exposta em Brasília no Congresso Nacional, por ocasião da visita do presidente do Parlamento cubano, Ricardo Alarcón, faz parte da atividade em prol da libertação dos cinco cubanos.
O evento contou com a participação do presidente do Comitê do Cinco, Max Altaman; secretário do Partido dos Trabalhadores, Valter Pomar; e do jornalista Altamiro Borges; além de representantes de entidades sociais entre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da União Brasileira de Mulheres (UBM). Os Cônsules de Cuba, Venezuela, da América Latina Progressiva também estiveram presentes no evento.
No dia 12 de setembro completam 10 anos que os cubanos Gerardo Hernández, Antonio Guerrero, Ramón Labañino, Fernando González e René González foram presos nos Estados Unidos. Eles foram detidos quando cumpriam missão antiterrorista em Miami e até hoje permanecem sem julgamento.


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domingo, 7 de setembro de 2008

DECLARAÇÃO DO MINISTÉRIO DE RELAÇÕES EXTERIORES DE CUBA

Na última quarta-feira 3 de Setembro, às 4:45 pm, o secretário assistente de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Thomas Shannon, entregou ao Chefe da secção de Interesses de Cuba em Washington a Nota Verbal N° 646, em que exprime "seu mais profundo pesar pela destruição causada pelo furacão Gustav" e afirma que os Estados Unidos estariam preparados para oferecer ao povo de Cuba "ajuda humanitária imediata e inicial de fornecimento de auxílio através de uma organização apropriada de ajuda internacional".
Uma Nota idêntica foi enviada posteriormente ao Ministério de Relações Exteriores pela Secção de Interesses dos Estados Unidos em Havana.
Na dita Nota, o governo estadounidense solicita também ao Governo cubano que "permita que um grupo de avaliação humanitária visite Cuba para inspecionar as áreas afetadas e avaliar adequadamente os danos".
No sábado 6 de Setembro , às 8:55 am, o Ministério de Relações Exteriores transmitiu ao Departamento de Estado, através da Secção de Interesses de Cuba em Washington, e simultaneamente à Secção de Interesses dos Estados Unidos em Havana, sua Nota N° 1866 em que agradece as expressões de pesar do Governo dos Estados Unidos pela destruição causada em nosso pais pelo furacão Gustav.
A Nota assinala também que Cuba não necessita da assistência de um grupo de avaliação humanitária examinar os danos e necessidades pois conta com os especialistas suficientes, os quais praticamente já concluíram esse trabalho.
A Nota do Ministério de Relações Exteriores expressa também que se o Governo dos Estados Unidos têm um desejo rela de cooperar com o povo cubano ante a tragédia do furacão, se solicita que permitam a venda à Cuba materiais indispensáveis e suspendam as restrições que impedem as companhias norte-americanas de oferecer créditos comerciais privados a nosso país para comprar alimentos nos Estados Unidos.
Nesse pais se iniciou nas últimas horas um amplo debate público sobre a posição que deveria adotar seu governo ante os severos danos causados pelo furacão Gustav em Cuba.
Na tarde de 4 de Setembro, o candidato presidencial democrata, Barack Obama, solicitou uma suspensão, por pelo menos 90 dias, das restrições às viagens e envio de remessas e ajuda a seus familiares em Cuba por parte dos cubanos residentes nos Estados Unidos.
O Ministério de Relações Exteriores considera que as restrições às viagens e remessas dos residentes nos Estados Unidos de origem cubana nunca deveriam ser aplicadas. Não é Cuba, mas os Estados quem priva desse direito à pessoas de origem cubana.
Se por razões humanitárias se estabelecessem esses direitos aos cubanos, não haveria forma de explicar por que se manteria a proibição, igualmente injusta e discriminatória, para os cidadãos estadounidenses.
Hoje, quando o oriente do país já está em alerta ciclônico ante a ameaça do furacão Ike, tão poderoso quanto o Gustav, Cuba reafirma que, em realidade, o único correto, ético, ajustado ao Direito Internacional e à vontade quase unânime da Assembleia Geral das Nações Unidas, seria eliminar total e definitivamente o férreo e cruel bloqueio econômica, comercial e financeiro aplicado há quase meio século contra nossa pátria, que inclui a perseguição das operações comerciais e financeiras cubanas em outros países e que, segundo cálculos conservadores, provoca anualmente danos superiores aos produzidos pelo furacão Gustav.
Ministério de Relações Exteriores
6 de Setembro de 2008.


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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

CNTE: Piso Nacional dos Professores é salário digno e ensino de qualidade

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação denuncia campanha iniciada pelos governos dos estados de SP, MG e RS contra a implementação do Piso Salarial aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e os sindicatos de professores de todo o país começaram mobilizações para garantir a implementação do Piso Salarial Nacional Profissional do magistério público da educação básica, aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Lula no dia 16 de julho.
Implementado pela Lei 11.738, que estabeleceu o valor mínimo de R$ 950,00 para uma jornada de 40 horas semanais, até 2010, o Piso garante um patamar digno de remuneração, valorizando os profissionais e fortalecendo a qualidade do ensino, determinando a reserva de 33% da carga horária para atividades extraclasse, sem integrar em sua composição gratificações e abonos. Conforme dados do Ministério da Educação, o Piso beneficiará cerca de 60% dos trabalhadores em educação, além de amenizar as disparidades existentes no país com relação ao salário dos educadores, cujas variações chegam a até 400%.

AMEAÇAS
Inconformados com a prioridade dada à educação pública, os secretários de educação dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul se pronunciaram contra a aplicação da nova lei e buscam envolver o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) para que entre com ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal.
Ao ameaçarem argüir a inconstitucionalidade do artigo que trata sobre a hora-atividade, denunciou o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, esses secretários estaduais buscam erguer obstáculos à melhoria da qualidade do ensino público, fazendo abertamente o jogo dos donos de escola. “Este é o grande empecilho e a grande luta que travamos nesse momento. Para isso estamos mobilizando os professores do Brasil inteiro, ampliando apoios na sociedade para fazer valer aquilo que foi debatido no Congresso Nacional ao longo de mais de um ano”, acrescentou.



PARTICIPAÇÃO
Leão destacou que os secretários estaduais, assim como todos os interessados em debater o Piso, tiveram a oportunidade de participar - e participaram - do processo de elaboração da lei, que agora tentam sabotar. “Esta é uma opção política de manter uma escola pobre para pobre. O filho da classe trabalhadora tem uma escola que não consegue ter a qualidade que nós consideramos, uma qualidade libertadora. Então há uma divergência muito grande. Nós entendemos que o momento é de luta e devemos reforçar a trincheira, prontos para o combate a qualquer momento em defesa da melhoria da qualidade da educação pública”.
O dirigente da CNTE lembrou que os professores do Rio Grande do Sul já tomaram as ruas na sexta-feira passada e fizeram um dia de paralisação, ação que deve ser reproduzida com ainda mais intensidade e vigor a nível nacional. “A reação violenta contra o Piso começou no Rio Grande do Sul e passa por São Paulo, estados com uma boa situação. O PIB de São Paulo é maior que o de muitos países da América Latina e o governo do Estado se nega a pagar os 33% de hora-atividade. O Piauí hoje já paga 30%. Então é uma situação que demonstra claramente a opção política privatista”, condenou.

LEONARDO SEVERO
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Corte de Atlanta recusou apelação da sentença dos Cinco antiterroristas cubanos

POR LILLIAM RIERA

• A 11ª Corte de Apelações de Atlanta recusou, em 2 de setembro passado, os pedidos de apelação da sentença dos Cinco antiterroristas cubanos, que em 12 de setembro próximo completarão uma década de prisão ilegal nos EUA.

Em entrevista coletiva em Havana, diante de correspondentes estrangeiros e nacionais, o presidente do Parlamento cubano, Ricardo Alarcón, considerou que com esta negativa a Corte de Apelações de Atlanta prestou-se, mais um a vez, à injustiça e ao terorrismo.

Com isso, ratifica-se e entra em vigor a decisão tomada por três advogados em 4 de junho deste ano.

Além de confirmar os veredictos de culpabilidade dos Cinco e as sentenças contra Gerardo González (duas penas de prisão perpétua mais 15 anos) e René González (15 anos), a juíza Joan Lenard, da Corte de Miami, pode iniciar o processo para novos veredictos contra Ramón Labañino, Antonio Guerrero e Fernando González.

Alarcón anunciou que os advogados de defesa agora vão levar a apelação ao Supremo Tribunal dos EUA, para o qual têm prazo até 1º de dezembro deste ano.

"Nós buscamos o retorno de todos eles, independentemente da situação em que se encontrem", salientou o presidente do Parlamento cubano.

Alarcón assinalou que, com esta nova decisão, a Jornada Mundial de Solidariedade aos Cinco, que começará em 12 de setembro, tem um novo contexto e exortou os cubanos e o mundo em geral a se mobilizarem e a conscientizar sobre a causa dos antiterroristas, a partir do conhecimento da verdade do caso.

"Quando finalmente permitam à opinião pública dos EUA saber a verdade dos fatos, então será possível a libertação dos Cinco cubanos", destacou.

Em 12 de setembro de 1998, estes Heróis da República de Cuba foram presos por uma operação do Bureau Federal de Investigações, quando monitoravam grupos da extrema direita anticubana, a fim de prevenir a Ilha de ações terroristas, apoiadas pela Casa Branca no sul da Flórida. •
Original em Granma

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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Cuba e o bloqueio do qual muitos falam sem saber o que dizem

Políticos, jornalistas, comentaristas, analistas, assessores, consultores e mais recentemente os chamados think tanks (em inglês é mais intelectual, é mais in), falam e escrevem sobre o bloqueio a Cuba. Mas saberão concretamente sobre o que se pronunciam? E o que escondem deliberadamente nas suas elucubrações?

Por Antônio Vilarigues, para o Avante!

Através de um documento que veio a público em 1991, foi possível saber que em 6 de abril de 1960 o então subsecretário de Estado adjunto para os Assuntos Inter-Americanos, Lester Dewitt Mallory, escreveu num memorando discutido numa reunião dirigida pelo presidente John Kennedy: ''Não existe uma oposição política efetiva em Cuba; portanto, o único meio previsível que temos hoje para alienar o apoio interno à Revolução é através do desencantamento e do desânimo, baseados na insatisfação e nas dificuldades econômicas. Deve utilizar-se prontamente qualquer meio concebível para debilitar a vida econômica de Cuba. Negar dinheiro e abastecimentos a Cuba, para diminuir os salários reais e monetários, a fim de causar fome, desespero e a derrocada do governo''. Isso, sublinhe-se, um ano antes da invasão da Baía dos Porcos organizada pelos EUA contra Cuba.
Kennedy, cumprindo o mandato que lhe tinha sido atribuído pelo Congresso, decretou o bloqueio total contra Cuba a partir das 0h01 do dia 7 de fevereiro de 1962.
Esta é a data formal. Mas desde 1959 que se multiplicavam os atos de bloqueio efetivo. O objetivo fundamental era debilitar pontos vitais da defesa e da economia cubanos. Atos como a supressão da quota açucareira, principal e quase único suporte da economia e das finanças da Ilha. Ou o não abastecimento e refinação de petróleo por parte das empresas petrolíferas norte-americanas que monopolizavam a atividade energética. Ou ainda um sufocante boicote a qualquer compra de peças de substituição para a indústria cubana, toda ela de concepção e fabrico norte-americanos.
A partir de fevereiro de 1962 os americanos decretam então o embargo total ao comércio com Cuba, excluindo certo tipo de medicamentos e alimentos. Esta decisão é simultaneamente apoiada e aprovada por todos os países da Organização de Estados Americanos (OEA), com exceção do México. A 22 de Dezembro, Kennedy anuncia sanções aos países que comercializassem com a ilha. No dia 8 de julho de 1963, os EUA confiscam todos os bens cubanos instalados no seu território, avaliados então em 424 milhões de dólares. A 14 de maio de 1964, os Estados Unidos anulam todos os fornecimentos de alimentos e medicamentos a Cuba.
O presidente dos EUA goza de amplas prerrogativas em matéria de política externa. A que acresce uma vasta faculdade discricionária permitida ao executivo pela ''Lei do Comércio com o Inimigo''. Assim as sucessivas administrações (onze!!!) modificaram e aprovaram novos regulamentos que refinaram o bloqueio.
Nos anos seguintes, os EUA proíbem aos seus cidadãos que viajem para a ilha o uso de cartões de crédito de bancos americanos. Interditam às companhias subsidiárias norte-americanas no exterior a possibilidade de comercializarem com Cuba. Impõem aos seus cidadãos um limite de 100 dólares diários nos seus gastos de hotel, alimentação, diversões e compra de artigos cubanos.
Com o desmembramento da União Soviética, os EUA redobram as medidas do bloqueio a Cuba e advertem a Rússia (e os restantes países ex-socialistas) de que será prejudicada na ''ajuda americana'' se, de alguma forma, continuar a apoiar a ilha.

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