Além do Cidadão Kane

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O FMI ataca a Ucrania por suas medidas sociais

Traduzido por J.A. Pina / Rosalvo Maciel

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O diretor geral do Fundo Monetario Internacional (FMI), Dominique Strauss-Khan critica ao presidente ucraniano, que decidiu aumentar em 20% o salario mínimo, fixado em torno dos 60 € por mes. Dominique expressou sua “preocupação” por este projeto de lei e ameaçou não levar a término o quarto pagamento de ajuda, uma soma total de 16,4 bilhões de dólares.

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Para o diretor geral, tudo isso questiona os objetivos fixados pelo Fundo Monetario Internacional: adoção de orçamentos austeros, privatização de serviços públicos… medidas que, no entanto, precipitaram a crise de muitos países do Leste.

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Ainda que o presidente atual, Viktor Iouchtchenko (Nossa Ucrania), tente um golpe de efeito a três meses das eleiçoes presidenciais quando está muito distanciado de seus dois adversarios, Ioulia Timochenko, primera ministra em exercicio, e Viktor Ianoukovitch (Partido das Regioes), antigo chefe de governo, o certo é que sua decisão também és uma reação à crise social e econômica que atinge o país.

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As pensões e os salários são os mais baixos da Europa enquanto que os preços aumentam constantemente. A debilidade dos serviços públicos expõe o país a riscos sanitários, como mostra a amplitude da epidemia de gripe A, com 60 mortos.

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Na atualidade, os ucranianos se desentendem de uma classe política que nunca respondeu a suas expectativas.

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Vinte anos depois da queda do Muro, uma recente perquisa do Pew Research International mostra que na Ucrania as opiniões favoráveis à transição para o multipartidismo desabou, para 30% frente aos 72% em 1991.

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Original em L'Humanité

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