Em maio, quando se comemorou os 120 anos do fim da escravidão no Brasil, foram divulgados alguns estudos sobre a situação atual dos negros. Eles são 45% da população (6% pretos e 39% pardos). Ou seja, quase metade dos brasileiros. Os que se declaram brancos são 54%, de acordo
com o IBGE.
Mostra, mais uma vez, que o preconceito racial continua a existir no Brasil. Um exemplo, mostrado pela pesquisa do Ibope, é a participação dos negros em cargos de chefia: só 3,5% dos egros (e 0,5% das mulheres negras) ocupam cargos desse tipo. Boa parte disso se deve ao fato de que os negros, historicamente, tiveram menos acesso à educação de qualidade em comparação com os brancos. Mas a explicação principal é o racismo: “o senso comum é de que o negro não tem qualificação ou competência intelectual. Assim ele é visto”, diz José Vicente, reitor da Unipalmares.
Pensando em promover políticas para diminuir as diferenças entre brancos e negros, a Secretaria da Igualdade Racial fez um estudo, junto com o IBGE, mostrando quais os locais no Brasil onde há maior número de negros. O resultado mostrou que a distribuição desta população hoje corresponde à dos portos onde o tráfico escravista despejava seres humanos
transformados em mercadoria, vindos da África.
Original em Classe Operária
topo
Nenhum comentário:
Postar um comentário