Veja, abaixo, a íntegra da entrevista:
Ela é gaúcha, jornalista e foi eleita vereadora em Porto Alegre aos 23 anos. Dois anos depois, elegeu-se deputada federal pelo PCdoB. Agora, seu desafio é enfrentar a concorrência na disputa pela prefeitura de Porto Alegre, e ela garante: “Vou fazer o que ainda não foi feito”. Fã de Marília Pêra, da escritora nicaraguense Gioconda Belli e do grupo norueguês Secret Garden, Manuela d’Ávila deu um banho de simpatia conversando com o iG.
Com a queda do muro de Berlim e tudo o que aconteceu nos últimos anos, é difícil não associar o comunismo a algo quase em desuso. O que tem de novo no comunismo?
O novo são as idéias e os projetos. Cada tentativa de melhorar a vida das pessoas, em bases de igualdade e respeito são, sim, valores comunistas. As antigas fórmulas que a história provou estarem erradas foram abandonadas e hoje o que se visa é que as possibilidades sejam iguais para todos, que o acesso seja igual. Diferenças individuais existem, sempre existirão, e devem ser respeitadas. Nenhuma diferença pode servir de argumento para a exclusão.
O fato de você ser uma mulher jovem e bonita ajuda, de alguma maneira, a mudar a imagem padrão que o povo faz dos políticos?
O que é mais difícil na vida política?
Quer dizer que a máxima que diz que o preço da liberdade é a eterna vigilância também se aplica à democracia?
Você fez parte da UNE. Hoje em dia, a gente vê que os movimentos estudantis não têm mais a força que tiveram no passado. A juventude se desinteressou da política?
A juventude brasileira atua em diferentes áreas, à sua maneira. Estão trabalhando da inclusão digital ao movimento Hip Hop. O que não tem é uma transmissão linear entre essas iniciativas da juventude e os políticos. Há um abismo entre a vida real dos jovens e a política, por culpa dos processos políticos que são burocratizados e inacessíveis. Daí a juventude realmente se desinteressa, além da imagem da política em si não ser lá essas coisas por aqui!
Você começou a trabalhar com política ainda muito jovem. Como encontrou espaço?Encontrei porque meu partido (PCdoB) possibilita isso. Aqui não tem disputa pessoal, ego ou vaidade. A gente apóia e defende projetos, não pessoas. Não temos caciques. Isso possibilita que você consiga entrar e se fazer notar através de idéias. Isso não teria acontecido em outro partido.
Você vai concorrer à prefeitura de Porto Alegre, qual vai ser o mote da campanha?A vontade de trabalhar (risos)! Vou levar essa vontade pra dentro da prefeitura. Vou fazer o que ainda não foi feito.
Com tanto trabalho, você consegue tempo para você mesma? Consigo, mas muito pouco! Vejo minha família quando posso, namoro quando dá... (Manuela namora o Deputado Luiz Eduardo Cardoso do PT há 4 meses).
E a vaidade feminina?
Qual a melhor coisa de ser mulher?
Obtido em Vermelho
Um comentário:
Sim, mas se continuar coligada ao partido do PPS, as letrinhas da entrevista vão caindo como se o texto estivesse contaminado por um vírus.
Pena, a moça tinha futuro...
Sara
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