Além do Cidadão Kane

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

FASCISTAS: TÊM MEDO MAS NÃO TÊM VERGONHA!

14 de outubro de 2010

Depois de ter nome revelado, dono do site Tribuna Nacional tira página do ar



reproduzido do blog Acerto de Contas
Se os diabos fogem das cruzes, os ratos fogem das luzes, dos holofotes. O anonimato é um dos refúgios desses seres sorrateiros e sujos. Se a luz bate em seus focinhos, os danados se danam a correr pra vala obscura onde vivem. As correntes de e-mails apócrifos e caluniosos contra a candidata do PT, Dilma Rousseff, viveram um dia ímpar, ontem. Um dos autores desses e-mails difamatórios teve seus nome e sobrenome postos à luz pelo jornalista Tony Chastinet. Além disso, Chastinet descobriu também que o responsável pelo site Tribuna Nacional (cuja leitura era recomendada no e-mail) é um ex-presidente da Juventude Nazista no Brasil. O site e seu conteúdo calunioso foi retirado do ar.
O e-mail recebido pelo jornalista havia sido enviado por um tal de Ingo Schimidt, e no e-mail, além das calúnias e difamações de sempre, constava um pedido de voto no candidato José Serra e a recomendação de leitura do site Tribuna Nacional. Basta clicar no link http://www.tribunanacional.com.br/ pra ver que o site não está mais no ar.
Na noite passada, busquei o site e li alguns textos. Muitos deles de autoria do próprio Ingo Schimidt. Quase todos com aquela mesma diagramação dos e-mails caluniosos que se tornaram comuns e cotidianos nesta campanha: excesso de caixa alta, textos em azul e vermelho, palavrório sujo e delirante do começo ao fim. Navegando pela página, a impressão que tive é que se tratava de um verdadeiro quartel virtual de mensagens apócrifas de cunho difamatório.
Provavelmente a luz da denúncia ofuscou os olhos e assustou o roedor obscuro responsável pela página, que a retirou do ar de ontem para hoje. Já imaginando que após as denúncias o site seria retirado do ar, fiz o print screen que ilustra este post durante minha visita ao site. Na descrição do que é o Tribuna Nacional, seus autores anônimos diziam:
Quem somos:
Somos cidadãos, homens e mulheres, preocupados com o destino da nação e o futuro dos nossos filhos.
O que pensamos:
Defendemos as liberdades individuais, liberdades contrapostas a responsabilidades, liberdades baseadas não no direito posto, mas sim no direito natural.
O que queremos:
Queremos criar um espaço para outros cidadãos poderem se manifestar, livres da censura, manipulação e propaganda oficial e livres da manipulação e servilismo da imprensa institucionalizada.
Até arrisquei um teste no grau de “liberdade” desses “cidadãos”, mas não obtive sucesso e desisti de tentar fazer qualquer comentário. Era preciso estar logado no site, e eu preferi não dar meu e-mail e dados para esse site bizarro que saiu do ar depois da denúncia. As seções de “Reserva de Direitos” e “Fale Conosco” já estava fora do ar quando da minha visita. Análises semânticas dos dizeres que o ilustravam, transcritos acima, eu deixo para vocês.
O site Tribuna Nacional, segundo Tony Chastinet, está registrado na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) em nome do “Círculo Memorial Octaviano Pinto Soares” (localizado em Brasília).
O responsável pelo site Tribuna Nacional chama-se Nei Mohn. Figura obscura dos tempos da ditadura militar, filho do general reformado Otto Mohn, Nei foi líder da Juventude Nacionalista Anticomunista (organização mais conhecida como Juventude Nazista).
Também era informante do Centro de Informações da Marinha (Cenimar), suspeito de atos de terrorismo na década de 1980 e acusado de falsificar o jornal O São Paulo, da Arquidiocese Paulistana. Além disso (segundo matéria da Veja de 1980) também era conhecido pela crueldade com que tratava seus filhos (leiam mais sobre essa figura nas matérias da Veja de 1980, e da IstoÉ de 1982, linkadas ao final deste post).
Pelo visto, o tempo passou mas Nei Mohn continua sua missão anacrônica e delirante contra os “comunas”. Desta vez, arvora-se do submundo-roedor do anonimato para difamar e caluniar a candidata Dilma Rousseff. Mas a máscara caiu.
E a campanha de José Serra mostra porque não vale nada: não tem propostas para o país e optou pela estratégia da destilação de ódio da forma mais rastaquera possível: valendo-se da tática das ratazanas anônimas em correntes de internet.


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