Joelmir Betting: cinco razões para você votar em Dilma
Quer cinco razões elementares para votar em Dilma Rousseff — e não em José Serra — para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva? É simples. Veja este vídeo em que Joelmir Betting, em apenas 42 segundos e com muito didatismo, mostra o que é era o Brasil da era FHC-Serra e o que é o Brasil do governo Lula-Dilma.
Por André Cintra
O jornalista da TV Bandeirantes e da Band News não é petista, nem comunista, nem sequer esquerdista. Tampouco usou seu espaço na TV para pedir voto explicitamente em Dilma — o que, para todos os efeitos, nem é necessário. Afinal, o comentário que ele levou ao ar na noite desta quarta-feira (27) é a tradução do ditado segundo o qual não podemos brigar com os fatos.
A quatro dias das eleições, Joelmir revela como a economia brasileira avançou nos últimos oito anos — de outubro de 2002 a outubro 2010 —, em cinco aspectos: taxa de inflação, valor do dólar, crescimento do PIB, índice de desemprego e risco-país. Com todo respeito à campanha Serra, é um massacre. Confira.
Em 1962 eu vivia em Cruz Alta,no interior do Estado do Rio Grande do Sul. Ali era grande a fartura e todos tinham asseguradas as três refeições diárias. Em fevereiro de 1963, fui morar no Recife, capital do Estado de Pernambuco, no nordeste do Brasil.
Na primeira manhã do primeiro dia em que lá estava, vi um homem, uma mulher e várias crianças comendo os restos de alimentos do lixo de um restaurante. Então percebi que havia algo de muito errado neste mundo de Deus...
Eu tinha 14 anos de idade
um cartaz colado na parede por um homem inconformado
tu lês desde há cinco anos centenas de milhares
de mortos na guerra do Iraque
crianças
o seu rosto de espanto para sempre fechado
acusando o mundo
mulheres a face aberta num grito
farrapos já sem vida
as casas em ruínas
só paredes esburacadas
e por entre os destroços os cães farejam
e nas esquinas as espingardas dos soldados apontadas
ruínas ruínas mortes
e no jornal
sorrindo o primeiro ministro português Durão Barroso
ao lado de Bush americano
o Blair inglês
e o espanhol Aznar
e tu olhas e a fotografia cresce cresce
e crescem aqueles rostos sorrindo
são um grande balão um monstruoso balão
cheio de sangue sobre o mundo
ameaça-nos
Ser de Esquerda
Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça. .
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
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É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
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Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
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Fernando Evangelista
Especial
Os 83 anos de Fidel (en español)
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en el insulto? en el mordisco? en el grito? en el bostezo? en la sonrisa? en el silbo? en la amenaza? en el gemido?
que te quede bien claro donde acaba tu boca ahí empieza la mia
Mario Benedetti
HABEAS CORPUS
A Esdras Amado López ( Hombre de honra)
Soy poeta preso de una dictadura y pido el Habeas Corpus para mi madre que yace postrada en cama y todos los ancianos y ancianas que dolientes en esta cárcel de 112,492 km²,
Habeas Corpus para mis hijos, mis sobrinos, mis hermanas y hermanos y todos los jóvenes que tiene que ir a la escuela,
Habeas Corpus para mi esposa que prepara la luz del día y de todas las mujeres que disponen diademas de esperanzas al paso de las estrellas.
Habeas corpus para una nación entera a la que se le ha arrebatado el horizonte.
Habeas Corpus para los que marcharán esta mañana desafiando las tinieblas.
Habeas Corpus para la sonrisa que nos la tienen desaparecida.
Habeas Corpus para la verdad que fue lanzada por el caño de deshonra de este matadero.
Habeas Corpus para Dios que está extraviado con todo y Huerto de los Olivos.
Habeas Corpus para la salud y la paz que está esposada en más de una posta policial, una cárcel clandestino, un estadio de torturas.
Habeas Corpus para las frecuencias de radio de los diales oxidados de golpismo y para las letras muertas que se pierden ciegas en los papeles de la ignominia manoseadas por periodistas criminales.
Habeas Corpus para la espera que se marchita, viendo hacia las esquinas del mundo, esperando, esperando…
Candelario Reyes García 93 días de resistencia de un pueblo digno y desarmado.
ALLENDE
Para matar al hombre de la paz para golpear su frente limpia de pesadillas tuvieron que convertirse en pesadilla, para vencer al hombre de la paz tuvieron que congregar todos los odios y además los aviones y los tanques, para batir al hombre de la paz tuvieron que bombardearlo hacerlo llama, porque el hombre de la paz era una fortaleza
Para matar al hombre de la paz tuvieron que desatar la guerra turbia, para vencer al hombre de la paz y acallar su voz modesta y taladrante tuvieron que empujar el terror hasta el abismo y matar mas para seguir matando, para batir al hombre de la paz tuvieron que asesinarlo muchas veces porque el hombre de la paz era una fortaleza,
Para matar al hombre de la paz tuvieron que imaginar que era una tropa, una armada, una hueste, una brigada, tuvieron que creer que era otro ejercito, pero el hombre de la paz era tan solo un pueblo y tenia en sus manos un fusil y un mandato y eran necesarios mas tanques mas rencores mas bombas mas aviones mas oprobios porque el hombre de la paz era una fortaleza
Para matar al hombre de la paz para golpear su frente limpia de pesadillas tuvieron que convertirse en pesadilla, para vencer al hombre de la paz tuvieron que afiliarse siempre a la muerte matar y matar mas para seguir matando y condenarse a la blindada soledad, para matar al hombre que era un pueblo tuvieron que quedarse sin el pueblo.
Mario Benedetti
Elogio do aprendizado
Aprenda o mais simples! Para aqueles Cuja hora chegou Nunca é tarde demais! Aprenda o ABC; não basta, mas Aprenda! Não desanime! Comece! É preciso saber tudo! Você tem que assumir o comando!
Aprenda, homem no asilo! Aprenda, homem na prisão! Aprenda, mulher na cozinha! Aprenda, ancião! Você tem que assumir o comando! Frequente a escola, você que não tem casa! Adquira conhecimento, você que sente frio! Você que tem fome, agarre o livro: é uma arma. Você tem que assumir o comando.
Não se envergonhe de perguntar, camarada! Não se deixe convencer Veja com seus olhos! O que não sabe por conta própria Não sabe. Verifique a conta É você que vai pagar. Ponha o dedo sobre cada item Pergunte: o que é isso? Você tem que assumir o comando.
Bertolt Brecht(1898-1956)
Federico Garcia Lorca
"El mundo está detenido ante el hambre que asola a los pueblos. Mientras haya desequilibrio económico, el mundo no piensa. Yo lo tengo visto. Van dos hombres por la orilla de un río. Uno es rico, otro es pobre. Uno lleva la barriga llena, y el otro pone sucio el aire con sus bostezos. Y el rico dice: ‘¡Oh, qué barca más linda se ve por el agua! Mire, mire usted el lirio que florece en la orilla'. Y el pobre reza: ‘Tengo hambre, no veo nada. Tengo hambre, mucha hambre'. Natural. El día que el hambre desaparezca, va a producirse en el mundo la explosión espiritual más grande que jamás conoció la humanidad. Nunca jamás se podrán figurar los hombres la alegría que estallará el día de la gran revolución. ¿Verdad que te estoy hablando en socialista puro?"
João Amazonas
João, teu nome e tua vida rimam com pão, trabalho e liberdade! Amazonas, a grandeza do rio que corre em simbiose com a floresta, os animais, os homens e as mulheres, artífices de um mundo novo. João, nome de peão, de doutor, de professor, nome do caboclo e do gaúcho que campeia os pampas na busca da transformação. Amazonas, derramando ensinamentos e gestanto, na luta em turbilhão, a construção do novo que brotará do povo como, de sua unidade, virá a Revolução! João Amazonas, companheiro, amigo, camarada, brasileiro, homem do mundo. Do mundo livre que queremos! Timoneiro, rumo ao porto seguro da Paz, da Soberania, da Liberdade, contidas pela exploração e opressão. João Amazonas, derramando amor pela REVOLUÇÃO!
Jussara Cony
Quatro Hai-Kais
Na criança morta A tristeza toda some: Já não sente fome.
A terra lavrada, Regada com sangue, guarda Lembranças da farda.
Lavrador pensando, Foice, arma afiada, Guardada, esperando.
Família reunida, Entorno ao lixo do bar, Buscando comida.
R.Maciel
Para quando falarmos das guerras
Quando falarmos das guerras
sejamos contidos A simples emoção só ampliará os conflitos.
Quando falarmos das guerras baixemos o tom milhões de filhos de trabalhadores e do povo morrem nas trincheiras por causas que não são suas.
Quando falarmos das guerras falemos com recato Para não acordarmos os meninos que dormem nas frentes de batalha.
Respeitemos seu último sono. Quando falarmos das guerras falemos com todo respeito Para transformamos o desespero de mães, viúvas e órfãos em gritos de paz.
Quando falarmos das guerras não esqueçamos que o inimigo é a guerra Os nossos únicos companheiros são os povos.
Quando falarmos das guerras falemos da igualdade entre os homens Comecemos por apagar as fronteiras nacionais. Quando falarmos das guerras Lembremos que o inimigo alimenta os dois lados É o capital.
Quando falarmos das guerras Lembremos que só há uma trincheira legítima A de nos negarmos a combater.
Quando falarmos das guerras saquemos nossa melhor arma A bandeira da paz e do socialismo.
Falar das guerras é o avesso de falarmos da Revolução Embora nossos companheiros e palavras-de-ordem sejam sempre os mesmos.
Alipio Freire
E este habitante transformado que se construiu no combate, este organismo valoroso, esta implacável tentativa, este metal inalterável esta unidade das dores, esta fortaleza do homem este caminho até o amanhã, esta cordilheira infinita, esta germinal primavera, este armamento dos pobres, saiu daqueles sofrimentos, do mais fundo da pátria, do mais duro e golpeado, do mais alto e mais eterno e chamou-se Partido,
Partido Comunista.
Pablo Neruda
A injustiça passeia pelas ruas com passos seguros
Berthold Brecht
A injustiça passeia pelas ruas com passos seguros. Os dominadores fazem planos para dez mil anos. O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são Nenhuma voz se levanta além da dos que mandam E em todos os mercados se proclama a exploração; Isto é apenas o começo. E entre os oprimidos muitos dizem: Não se realizará jamais o que queremos! O que ainda vive não diga: jamais! O seguro não é seguro. Como está não ficará. Quando os dominadores falarem falarão também os dominados. Quem se atreve a dizer: jamais?
De quem depende a continuação desse domínio? De nós! De quem depende a sua destruição? Igualmente de nós.
Os caídos que se levantem! Os que estão perdidos que lutem! Quem reconhece a situação como pode calar-se? Os vencidos de agora serão os vencedores de amanhã. Os dominadores fazem planos para dez mil anos. O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são Nenhuma voz se levanta além da dos que mandam E em todos os mercados se proclama a exploração; Isto é apenas o começo. E entre os oprimidos muitos dizem: Não se realizará jamais o que queremos! O que ainda vive não diga: jamais! O seguro não é seguro. Como está não ficará. Quando os dominadores falarem falarão também os dominados. Quem se atreve a dizer: jamais?
De quem depende a continuação desse domínio? De nós! De quem depende a sua destruição? Igualmente de nós.
Os caídos que se levantem! Os que estão perdidos que lutem! Quem reconhece a situação como pode calar-se? Os vencidos de agora serão os vencedores de amanhã.
Vou Caminhando
Geraldo Pedrosa de Araújo Dias
Vou caminhando Sorrindo, cantando Meu canto e meu riso Não são pra enganar
Quem vem comigo Bem sabe o que digo Que há muito motivo Pra gente chorar
Mas se lastimar De nada vai valer Já vi mãe chorar Criança não crescer
Um menino que morreu Um pai que em vão padeceu Pela vida vou lembrando Que lembrando espero eu
E vou caminhando Sorrindo, cantando Até que um dia.
La niña de Guatemala
Quiero, a la sombra de un ala, Contar este cuento en flor: La niña de Guatemala, La que se murió de amor.
Eran de lirios los ramos, Y las orlas de reseda Y de jazmín: la enterramos En una caja de seda.
...Ella dio al desmemoriado Una almohadilla de olor: El volvió, volvió casado: Ella se murió de amor.
Iban cargándola en andas Obispos y embajadores: Detrás iba el pueblo en tandas, Todo cargado de flores.
...Ella, por volverlo a ver, Salió a verlo al mirador: El volvió con su mujer: Ella se murió de amor.
Como de bronce candente Al beso de despedida Era su frente ¡la frente Que más he amado en mi vida!
...Se entró de tarde en el río, La sacó muerta el doctor: Dicen que murió de frío: Yo sé que murió de amor.
Allí, en la bóveda helada, La pusieron en dos bancos: Besé su mano afilada, Besé sus zapatos blancos.
Callado, al oscurecer, Me llamó el enterrador: ¡Nunca más he vuelto a ver A la que murió de amor!
José Martí
E o Espelho Mágico foi torturado
E o Espelho Mágico foi torturado até que confessou que este é o melhor dos sistemas possíveis, em horário de maior audiência, enquanto as pesquisas de opinião mostravam que o povo era favorável à invasão da Terra do Nunca, e à deposição de Peter Pan, o seu cruel ditador, por ter violado a Lei da Gravidade e a da Maioridade.
Alberto Lema in Plan de fuga
Por quem merece amor
Quem é teu inimigo?
O que tem fome e te rouba o último pedaço de pão chama-o teu inimigo. Mas não saltas ao pescoço de teu ladrão que nunca teve fome.
Bertold Brecht
Não iremos embora
Aqui Sobre vossos peitos Persistimos Como uma muralha Em vossas goelas Como cacos de vidro Imperturbáveis E em vossos olhos Como uma tempestade de fogo Aqui Sobre vossos peitos Persistimos Como uma muralha Em lavar os pratos em vossas casas Em encher os copos dos senhores Em esfregar os ladrilhos das cozinhas pretas Para arrancar A comida dos nossos filhos De vossas presas azuis Aqui sobre vossos peitos persistimos Como uma muralha Famintos Nus Provocadores Declamando poemas Somos os guardiões da sombra Das laranjeiras e das oliveiras Semeamos as idéias como o fermento da massa Nossos nervos são de gelo Mas nossos corações vomitam fogo Quando tivermos sede Espremeremos as pedras E comeremos a terra Quando estivermos famintos Mas não iremos embora E não seremos avarentos com nosso sangue Aqui Temos um passado E um presente Aqui está o nosso futuro.
Tawfic Zayyad
BANQUETE DE TIRANOS
José Martí
Hay una raza vil de hombres tenaces
De sí propio inflados, y hechos todos,
Todos, del pelo al pie, de garra y diente:
Y hay otros, como flor, que al viento exhalan
En el amor del hombre su perfume.
Como en el bosque hay tòrtolas y fieras
Y plantas insectívoras y pura
Sensitiva y clavel en los jardines.
De alma de hombres los unos se alimentan:
Los otros su alma dan a que se nutran
Y perfumen su diente los glotones,
Tal como el hierro frío en las entrañas
De la virgen que mata se calienta.
A un banquete se sientan los tiranos
Donde se sirven hombres; y esos viles
Que a los tiranos aman, diligentes
Cerebro y corazòn de hombres devoran:
Pero cuando la mano ensangrentada
Hunden en el manjar, del mártir muerto
Surge una luz que les aterra, flores
Grandes como una cruz súbito surgen
Y huyen, rojo el hocico, y pavoridos
A sus negras entrañas los tiranos.
Los que se aman a sí: los que la augusta
Razòn a su avaricia y gula ponen:
Los que no ostentan en la frente honrada
Ese cinto de luz que el yugo funde
Como el inmenso sol en ascuas quiebra
Los astros que a su seno se abalanzan:
Los que no llevan del decoro humano
Ornado el sano pecho: los menores
Y segundones de la vida, sòlo
A su goce ruin y medro atentos
Y no al concierto universal.
Danzas, comidas, músicas, harenes,
Jamás la aprobaciòn de un hombre honrado.
Y si acaso sin sangre hacerse puede
Hágase... clávalos, clávalos
En el horcòn más alto del camino
Por la mitad de la villana frente,
A la grandiosa humanidad traidores.
Como implacable obrero
Que un féretro de bronce clavetea,
Los que contigo
Se parten la naciòn a dentelladas.
Canção do Remendo e do Casaco
Bertold Brecht
Sempre que a nosso casaco se rasga
Vocês vêm correndo dizer: assim não pode ser
Isso vai acabar, custe a que custar!
Cheios de fé vão aos senhores
Enquanto nós, cheios de frio, aguardamos.
E ao voltar, sempre triunfantes
Nos mostram o que por nós conquistam:
Um pequeno remendo.
Ótimo, eis o remendo
Mas onde está
O nosso casaco?
Sempre que nós gritamos de fome
Vocês vêm correndo dizer: Isso não vai continuar
É preciso ajudá-las, custe a que custar!
E cheias de ardor vão aos senhores
Enquanto nós, com ardor no estômago, esperamos.
E ao voltar, sempre triunfantes
Exibem a grande conquista:
Um pedacinho de pão.
Que bom, este é o pedaço de pão
Mas onde está
O pão?
Não precisamos só do remendo
Precisamos o casaco inteiro.
Não precisamos de pedaços de pão
Precisamos de pão verdadeiro.
Não precisamos só do emprego
Toda a fábrica precisamos.
E mais a carvão
E mais as minas
O povo no poder.
É disso que precisamos.
Que têm vocês
A nos dar?
Volto armado de amor
Volto armado de amor para trabalhar cantando na construção da manhã. Amor dá tudo o que tem. Reparto a minha esperança e planto a clara certeza da vida nova que vem. Um dia, a cordilheira em fogo,
quase calaram para sempre o meu coração de companheiro. Mas atravessei o incêndio e continuo a cantar. Ganhei sofrendo a certeza de que o mundo não é só meu. Mais que viver, o que importa (antes que a vida apodreça) é trabalhar na mudança de que é preciso mudar. Cada um na sua vez, cada qual no seu lugar.
Thiago de Mello
Canción del hombre nuevo
Lo haremos tú y yo, nosotros lo haremos, tomemos la arcilla para el hombre nuevo. Su sangre vendrá de todas las sangres, borrando los siglos del miedo y del hambre. Por brazo, un fusil; por luz, la mirada, y junto a la idea una bala asomada. Y donde el amor, un grito escondido, millones de oídos serán receptivos. Su grito será de guerra y victoria, como un tableteo que anuncia la gloria. Y por corazón a ese hombre daremos el del guerrillero que todos sabemos. Lo haremos tú y yo (por brazo, un fusil), nosotros lo haremos (por luz, la mirada); tomemos la arcilla: es de madrugada.
Daniel Viglietti (1967)
TONADA DEL ALBEDRÍO
Dijo Guevara el hermoso, viendo al África llorar: en el imperio mañoso nunca se debe confiar.
Y dijo el Che legendario, como sembrando una flor: al buen revolucionario sólo lo mueve el amor.
Dijo Guevara el humano que ningún intelectual debe ser asalariado del pensamiento oficial.
―Debe dar tristeza y frío ser un hombre artificial, cabeza sin albedrío, corazón condicional.
Vive o fraco na fraqueza o bom na sua bondade vive o firme na firmeza lutando por liberdade.
Não cultives a fraqueza, procura sempre ser forte, que o homem que tem firmeza não se rende nem à morte.
Educa a tua vontade faz-te firme: em decisões, que não terá liberdade quem não fizer revoluções.
Se queres o mundo melhor vem cá pôr a tua pedra, quem da luta fica fora neste jogo nunca medra.
Francisco Miguel Duarte, Poeta popular nascido no Alentejo, Operário sapateiro, filho de camponeses
A Queima dos Livros
Bertolt Brecht
Quando o Regime ordenou que queimassem em público Os livros de saber nocivo, e por toda a parte Os bois foram forçados a puxar carroças Carregadas de livros para a fogueira, um poeta Expulso, um dos melhores, ao estudar a lista Dos queimados, descobriu, horrorizado, que os seus Livros tinham sido esquecidos. Correu para a secretária Alado de cólera e escreveu uma carta aos do Poder. Queima-me! escreveu com pena veloz, queima-me! Não me façais isso! Não me deixes de fora! Não disse eu Sempre a verdade nos meus livros? E agora Tratais-me como um mentiroso! Ordeno-vos:Queimai-me!
Poemas e Canções Seleção e Versão em português de Paulo Quintela Livraria Almedina Coimbra 1975
Realejo
Será que a sorte virá num realejo? Trazendo o pão da manhã A faca e o queijo Ou talvez... um beijo teu Que me empreste a alegria... que me faça juntar Todo resto do dia... meu café, meu jantar Meu mundo inteiro...que é tão fácil de enxergar... E chegar Nenhum medo que possa enfrentar Nem segredo que possa contar Enquanto é tão cedo Tão cedo Enquanto for... um berço meu Enquanto for... um terço meu Serás vida... bem vinda Serás viva... bem viva Em mim Será que a noite vira num vilarejo Vejo a ponte que levara o que desejo Admiro o que há de lindo e o que há de ser... você Enquanto for... um berço meu Enquanto for... um terço meu Serás vida... bem vinda Serás viva... bem viva Em mim
"Os opostos se distraem Os dispostos se atraem"
Meu Maio
A todos que saíram às ruas, De corpo-máquina cansado, A todos que imploram feriado As costas que a terra extenua Primeiro de Maio! Meu mundo, em primaveras, Derrete a neve com sol gaio. Sou operário - este é meu maio! Sou camponês - este é o meu mês! Sou ferro - eis o maio que quero! Sou terra - o maio é minha era!
Vladimir Maiakovski
A INTERNACIONAL
(L. Eugéne PottierIM. Pierre Degeyter)
De pé. o vítimas da fome De pé, famélicos da terra Da idéia a chama já consome A crosta bruta que a soterra Cortai o mal bem pelo fundo De pé, de pé, não mais senhores Se nada somos em tal mundo Sejamos tudo produtores /:Bem unidos, façamos nesta luta final uma terra sem amos a Internacional:/ Senhores, patrões, chefes supremos Nada esperemos de nenhum Sejamos nós que conquistemos A terra mãe, livre, comum Para não ter protestos vãos Para sair deste antro estreito Façamos nós com nossas mãos Tudo o que a nós nos diz respeito O crime do rico a lei o cobre O Estado esmaga o oprimido Não há direito para o pobre Ao rico tudo é permitido À opressão não mais sujeitos Somos iguais todos os seres Não mais deveres sem direitos Não mais direitos sem deveres Abomináveis na grandeza Os reis da mina e da fornalha Edificaram a riqueza Sobre o suor de quem trabalha Todo o produto de quem sua A corja rica o recolheu Querendo que ela o restitua O povo quer só o que é seu Nós fomos de fumo embriagados Paz entre nós, guerra aos senhores Façamos greve de soldados Somos irmãos trabalhadores Se a raça vil cheia de galas Nos quer à força canibais Logo verá que nossas balas São para os nossos generais Pois somos do povo os ativos Trabalhador forte e fecundo Pertence a terra aos produtivos ó parasita deixa o mundo ó parasita que te nutres Do nosso sangue a gotejar Se nos faltarem os abutres Não deixa o sol de fulgurar
TORTURADOR BUSH BABA CONTRA HERÓI DA HUMANIDADE FIDEL
Escorraçado pelo povo norte-americano, responsável pelo triste quadro em que os EUA se encontram internamente e diante do mundo, e conhecido de todos como o chefe da tortura de Guantánamo e Abu Graib, W. Bush se meteu, durante turnê à África, a babar comentários sobre a maior personalidade viva do planeta, Fidel Castro, estimado por seu povo como herói e admira do no planeta inteiro. Nada poderia ser mais contrastante que as bobagens de Bush e a mensagem de Fidel. Um, o bêbado, fujão do serviço militar e joguete da máfia do petróleo e de Wall Street. O terrorista nº 1 contra a Humanidade e rei do grampo. O outro, o guerrilheiro de Sierra Maestra, o líder revolucionário que libertou Cuba da ditadura e da condição de colônia dos ianques no Caribe. Que transformou uma pequena ilha num exemplo de dignidade e soberania. Fidel, capaz de juntar um milhão de pessoas para ouvi-lo, com emoção, por horas. O outro, conhecido por seus diálogos com as vacas no seu rancho e por repetir o ponto eletrônico na TV. Fidel, que liderou seu povo no apoio à libertação dos povos irmãos africanos e à derrota do apartheid. W.Bush, duas vezes genocida, no Iraque e no Afeganistão. Num certo momento, apesar de querer jogar sobre Fidel, era de si mesmo que Bush falava: “presos políticos vão apodrecer na prisão e as condições permanecerão patéticas em muitos casos”. E quando é que a “democracia de verdade” dos Bush vai fechar Guantánamo, Abu Graib, Bagram e todas as prisões negras secretas da CIA?
Hora do Povo
Boicote os EUA !!!
A única forma de vencer o imperialismo estadunidense é sufocando-o em seu militarismo autodestrutivo. O boicote aos produtos importados estadunidenses, e sobretudo às marcas-símbolo do império, pode levá-los a rever suas políticas unilateralistas. DIGA NÃO a Coca-cola, Mc Donalds, MM's, Shell, Esso e tantas outras... DIGA SIM a suco de laranja, lanche caseiro, frutas, bicicleta e muitas outras coisas boas para sua saúde e para o equilíbrio de poder no mundo... Se não for possível passar sem refrigerantes, gasolinas ou chocolate, escolha as marcas nacionais ou não-estadunidenses.
E vamos parar de chamar os estadunidenses de americanos!
Divulgue esse movimento!
Queres saber por que sou comunista?
O Analfabeto Político
Bertolt Brecht
"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."
"Devemos apoiar tudo que o inimigo combate, e combater tudo o que o inimigo apóia."
Mao Tse Tung
Quem se defende
Bertold Brecht
Quem se defende porque lhe tiram o ar Ao lhe apertar a garganta, para este há um parágrafo Que diz: ele agiu em legitima defesa. Mas O mesmo parágrafo silencia Quando vocês se defendem porque lhes tiram o pão. E no entanto morre quem não come, e quem não come o suficiente Morre lentamente. Durante os anos todos em que morre Não lhe é permitido se defender.
«Avante!» Clandestino O «Avante!» foi o jornal comunista clandestino que em todo o mundo, durante mais tempo, foi sempre produzido no interior de um país dominado por uma ditadura fascista.Durante décadas – de 15 de Fevereiro de 1931 ao 25 de Abril de 1974 – o órgão central do PCP orientou e mobilizou as lutas da classe operária e de todos os trabalhadores em pequenas e grandes batalhas contra o capital e contra o regime fundado por Salazar e prosseguido por Caetano, orientou e mobilizou sectores democráticos que perfilharam, com os comunistas, uma política de unidade antifascista visando o derrubamento da ditadura terrorista dos monopólios e dos latifúndios aliados ao imperialismo e a conquista da liberdade e da democracia. Ler mais...
INSTANTES
Se eu pudesse novamente viver a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais, seria mais tolo do que tenho sido.
Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério. Seria menos higiênico. Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvetes e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e profundamente cada minuto de sua vida; claro que tive momentos de alegria. Mas se eu pudesse voltar a viver trataria somente de ter bons momentos.
Porque se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos; não percam o agora. Eu era um daqueles que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas e, se voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e estou morrendo"
Sê
Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina, Sê um arbusto no vale mas sê O melhor arbusto à margem do regato. Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore. Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada, Sê apenas uma senda, Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela. Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso... Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Pablo Neruda
Reeleger Lula de novo é vontade da maioria, diz pesquisa do PSDB
Pesquisa nacional encomendada pelo PSDB revelou que a maioria dos eleitores aprova um novo mandato para o presidente Lula. A sondagem, que ouviu 3.500 pessoas em todo o Brasil, foi realizada apenas para consumo interno, mas acabou vazando. Perguntados se votariam em Lula para um terceiro mandato, no caso dele poder se candidatar nas eleições presidenciais de 2010, 56% dos entrevistados responderam afirmativamente. As privatizações de FH foram consideradas o pior dos tucanos.
Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem.
Che
Che Yo tuve un hermano. No nos virnos nunca pero no importaba.
Yo tuve un hermano que iba por los montes mientras yo dormía. Lo quise a mi modo, le tomé su voz libre como el agua, caminé de a ratos cerca de su sombra.
No nos vimos nunca pero no importaba, mi hermano despierto mientras yo dormía, mi hermano mostrándome detrás de la noche su estrella elegida.
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