Além do Cidadão Kane

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O opiáceo Obama: A crise aprofunda-se, as multidões aplaudem

por Larry Chin

Há seis meses a tomar as rédeas, a administração Barack Obama cumpriu o seu objetivo primário. Ela suavemente agravou a agenda imperial assassina herdada de Bush-Cheney enquanto as massas, pacificadas e enganadas pelo apelo da imagem de Obama, não prestam atenção às realidades.

Nenhuma atenção para o fato de que a estratégia de guerra global da administração Obama, a qual coloca o Irão, o Afeganistão, o Paquistão, a América Latina e outras regiões como centros de atenção militares e de inteligência, promete a expansão da instabilidade global, o recurso à conquista e a ruína da "guerra ao terrorismo”.

Nenhuma atenção para o fato de que a administração Obama está pejada de elites que são tão perigosas e corruptas como aquelas da administração anterior.

Nenhuma atenção para o fato de que nada "mudou" exceto que há um títere "rock star" sentado no Gabinete Oval que é inteligente e não estúpido, calculista ao invés de grosseiro.

A desestabilização do Irã, produto de operações encobertas maciças dos EUA (e de manipulação política visível) continua sem pausa, construída sobre o pretexto de "restaurar a democracia" — uma falsa "eleição roubada" e uma agressiva "revolução colorida" espicaçada por procuradores anglo-americanos, aspirantes a fantoches e hordas de ativos de inteligência e os chamados "liberais" em busca de "democracia". O corredor iraniano permanece crítico para o controle da energia da Ásia Central e Médio Oriente, e o império anglo-americano pretende controlá-lo.

Um golpe grosseiro em Honduras foi executado do modo clássico, de acordo com o mesmo manual de inteligência que tem estado no núcleo da política estadunidense para a América Latina desde a era Irã - Contra; as mesmas tácticas de desestabilização utilizadas nos últimos anos para derrubar os governos da Venezuela e do Haiti.

Internamente, Obama endossou a vigilância contínua do povo americano e ainda mais férreas polícias de estado eletrônicas. Enquanto o americano médio é distraído pela fantasia de acreditar que o seu governo controlado pelas corporações reformará os cuidados de saúde, o maior sistema de cuidados de saúde do mundo está a ser militarizado sob o pretexto de uma convenientemente incontrolável pandemia de peste suína.

A crise do colapso econômico maciço começou sob a orquestração dos "gurus" econômicos de Bush-Cheney, tais como Henry Paulson da Wall Street, e continua sob a administração da gang de iniciados da Wall Street liderada por Timothy Geithner. Contabilidades cozinhadas e falsos relatórios de lucros desencadearam novas corridas Ponzi no mercado de ações e novas afirmações de que "a pior crise financeira desde a Grande Depressão" está prestes a acabar, apenas uns poucos meses depois. Enquanto isso, através do programa TARP, o Federal Reserve continua a despejar milhões de milhões de fundos do contribuinte nos bancos (não para emprestarem) e as pessoas comuns continuam a sofrer desemprego maciço e miséria.

De forma reveladora, Obama continua a recusar apoiar o processamento judicial de quaisquer membros da administração Bush-Cheney pelos seus oito anos de grosseiras infrações à lei. De fato, Obama prometeu proteger Dick Cheney, apesar do fato de que o antigo vice-presidente supervisionou assassinos e sabotadores.

Obama entende claramente o seu verdadeiro papel. É mascarar a agenda da ordem mundial com o apelo icônico em que é tão poderoso, que as massas de bom grado suportam e mesmo militantemente advogam a sua própria destruição.
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O original encontra-se em Global Research

Este artigo encontra-se em Resistir

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