Bilhões de dólares podem ter sido desviados dos fundos de «reconstrução» do Iraque por altas patentes militares. As autoridades dos EUA estão investigando o caso.
Além do Cidadão Kane
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Fraude de milhões no Iraque
Bilhões de dólares podem ter sido desviados dos fundos de «reconstrução» do Iraque por altas patentes militares. As autoridades dos EUA estão investigando o caso.
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Conselho de Direitos Humano alerta para gravidade da situação de trabalhadores imigrantes
Pillay avisou que a crise financeira, econômica e industrial mundial exercerá impacto desproporcional sobre a subsistência de grupos vulneráveis e já marginalizados.
Mulheres, crianças, deficientes, refugiados e imigrantes terão a maior dificuldade para encontrar trabalho, alimentação, moradia, água, atendimento médico e educação, disse Pillay numa sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Governos em todo o mundo desenvolvido vêm anunciando pacotes de resgate multibilionários para ajudar indústrias e proteger empregos, à medida que a recessão econômica global, desencadeada pelo derretimento do mercado imobiliário dos EUA, se intensifica.
Os imigrantes são especialmente vulneráveis a abusos e ataques quando falta trabalho, segundo a ex-juíza da Alta Corte da África do Sul, onde no ano passado o desemprego alto desencadeou uma reação contra trabalhadores estrangeiros, dos quais mais de 60 foram mortos.
“Com a redução nas oportunidades de trabalho regularizado para imigrantes, os imigrantes desempregados podem procurar trabalhar sem autorização”, disse ela.
“Isso os tornará ainda mais vulneráveis”, afirmou.
“A proteção dos direitos dos imigrantes, em termos de suas condições de trabalho e de vida, e no caso de perda de emprego, devem ser integradas às respostas à crise. É crucial que não sejam poupados esforços para proteger os imigrantes contra discriminação e xenofobia”, disse.
As economias desenvolvidas como EUA, Grã-Bretanha e Austrália não devem enxugar seus programas de bem-estar social para dar espaço a pacotes de resgate de bancos, disse ela.
A revisão da crise financeira feita pelo Conselho de Direitos Humanos foi convocada a pedido do Brasil e Egito, em nome dos Estados africanos, e com o apoio de dezenas de outros países em desenvolvimento, incluindo China, Índia, Rússia, Arábia Saudita, Chile, Bolívia, Indonésia, Bangladesh e Iêmen.
Em suas declarações, Pillay disse que os governos que querem proteger empregos e indústrias atingidos pela recessão precisam obedecer aos acordos internacionais que assinaram, como os acordos da ONU sobre direitos econômicos e sociais, os direitos da criança e os dos deficientes.
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'BBB-9' emburrece a sociedade brasileira
Por Altamiro Borges*
Segundo Ricardo Feltrin, colunista da UOL, o BBB-9 "exibe um viés de baixa na audiência que se intensifica desde 2004. Nas últimas cinco edições, sua média comparada caiu de 47,5 pontos para 32 - uma redução de 33% no número de telespectadores". As inovações, como a "casa de vidro", e os deprimentes paredões ainda não conseguiram reverter a tendência de queda. Mesmo assim, o Big Brother ainda é o líder absoluto de audiência, com o dobro de telespectadores da segunda colocada, a TV Record. Ele também supera o "Domingão do Faustão" e as telenovelas globais, estas sim em acelerado declínio, o que gera uma guerra de bastidores na Rede Globo.
Fábrica de ilusões e de dinheiro
Além disso, o BBB continua sendo uma das principais fontes de lucros da Rede Globo. Segundo o jornalista Daniel Castro, ele nem havia estreado e os seus intervalos comerciais já tinham sido completamente vendidos até o final. Estima-se que o BBB-9 renderá cerca de R$ 110 milhões à emissora - R$ 60 milhões em cotas de patrocínio e outros R$ 50 milhões em merchandising, anúncios extras, espaços vendidos na casa, assinaturas de pacotes na TV paga, etc. Ele hoje seria o produto mais rentável e lucrativo da empresa, superando as receitas com as telenovelas.
Somente com a "Loja do BBB", a emissora já elevou em 70% os seus lucros em relação a 2008. Segundo Bárbara Sacchiello, "através da divisão Globo Marcas, a grupo mantém, há três anos, a loja hospedada no site do programa. Ao todo, são 30 produtos diferentes, entre roupões, bolsas, utensílios domésticos e até edredons com a marca BBB... A cada edição, novas peças chegam para se juntar ao portfólio do site e atrair fãs". A novidade neste ano são os dois robôs RoBBB, que trazem imagens e sons em tempo real. Os "olhinhos" robóticos custam R$ 449,90 e R$ 169,90, respectivamente, e a emissora já teve que encomendar mais peças à fornecedora Yellow.
"Espelho fiel da vida amesquinhada"
Diante do sucesso comercial (e o que importa é lucro, e não a qualidade do produto), a TV Globo já estuda prorrogar BBB-9 de 24 de março para 7 de abril. Mas o que explica este fenômeno da televisão brasileira e mundial? A psicanalista Maria Rita Kehl, no livro Videologias, escrito em conjunto com Eugênio Bucci, dá importantes pistas. "Os reality shows são a forma mais eficiente de ilusão que a cultura de massas já produziu: eles vendem aos espectadores o espelho fiel de sua vida amesquinhada sob a égide severa das 'leis do mercado'. Eles vendem a imagem da selva em que a concorrência transforma as relações humanas. Só que elevados ao estatuto de espetáculo".
Para ela, "o show do BBB é a festa neoliberal do cálculo, o jogo da incansável concorrência com ou sem limites éticos... Os concorrentes ao prêmio final do BBB conspiram, manipulam, traem uns aos outros - esta é a verdadeira dimensão 'obscena' do show - até que o mais esperto, que se apresente como o mais amável ao público, ganhe a bolada prometida. A destruição da dimensão pública da vida humana, a privatização do sentido da vida e a consagração do homem subjetivo em lugar do homem político, como o novo paradigma do melhor que nossa sociedade produziu, são os componentes secretos do sucesso desse tipo de programa".
"Concorrência sem limites éticos"
Noutro texto, ela provoca: "É verdade que os luxuosos 'cativeiros' dos reality shows representam uma invasão, ainda que consentida, da privacidade dos cativos. Mas se ela é consentida, digamos que o exibicionismo dos protagonistas ultrapassa o voyeurismo das câmeras. A imprensa que acompanha o desenvolvimento desses shows afirma que a audiência se sustenta sobre o desejo do público de presenciar escândalos, brigas e cenas de sexo 'reais'. No entanto, os escândalos são escassos, se comparados aos longos períodos em que nada digno de nota acontece".
"Assistimos a um grupo de jovens geneticamente selecionados a gastar o seu tempo ocioso em conversas bobas, fofocas, cuidados corporais, picuinhas. O que interessa ao espectador fiel é a esperança de que a exibição, pela televisão, da banalidade de um cotidiano parecido com o seu, ponha em evidência migalhas de brilho e dê sentido que sua vida, condenada à domesticidade, não tem... A pobreza dos sonhos de fama dos que se candidatam ao cativeiro de luxo do Big Brother espelha a pobreza dos sonhos do espectador cativo, que espera o espetáculo começar".
Em síntese, o BBB incentiva os piores instintos humanos e contribui para a idiotização da nossa pobre sociedade. "Conspirações, traições, armadilhas, estratégias descaradas para passar a perna nos companheiros e garantir a própria permanência: este é o tema do BBB". No afã por lucros, a TV Globo pouco se importa com o conteúdo "sádico" do programa. Para ela, tudo é mercadoria. Como afirma o apresentador Pedro Bial, que renegou seu passado de jornalista sério, "tenho zero de preocupação em dar um aspecto cultural ao programa. Acho que tudo é cultura. Big Brother é tão cultura quanto Guimarães Rosa". Haja cinismo, uma marca registrada do BBB.
* Altamiro Borges é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, autor do livro Sindicalismo, Resistência e Alternativas
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sábado, 21 de fevereiro de 2009
Que fazer com os italianos?
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Nem tudo foi perdido, porém. É o que nos vêm dizer o escritor Andrea Camilleri e o filósofo Paolo Flores d’Arcais num artigo publicado recentemente em “El País”. Há um trabalho a fazer conjuntamente com os milhões de italianos que já perderam a paciência vendo o seu país a ser arrastado em cada dia que passa à irrisão pública. O pequeno partido de Antonio di Pietro, o ex-magistrado de Mãos Limpas, pode tornar-se no revulsivo de que a Itália necessita para chegar a uma catarse colectiva que desperte para a acção cívica o melhor da sociedade italiana. É a hora. Esperemos que o seja.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
EMBRAER FAZ DEMISSÃO EM MASSA E DISPENSA 4,2 MIL TRABALHADORES
A Embraer demitiu nesta quinta-feira (19), 4,2 mil trabalhadores, o equivalente a 20% do efetivo da empresa. Grande parte das demissões aconteceu em sua fábrica de São José dos Campos, em diferentes setores da produção. A Embraer possui hoje cerca de 21 mil trabalhadores, dos quais cerca de 15 mil estão em São José dos Campos.
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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
CPT manifesta indignação contra fechamento de escolas em Acampamentos
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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
SAN REMO: O QUE ESTÁ ACONTECENDO NA EUROPA?
A abertura do 59º Festival de San Remo no dia de ontem, mostrou, nos detalhes, que a Europa está, de fato, muito preocupada com o rumo político que as coisas estão tomando por lá.
O que sempre foi um oba-oba de futilidades e glamour, abriu espaço para duas coisas que chamaram a atenção dos mais atentos. Primeiro, a entrevista com o Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Miguel d’Escoto que, se pouco acrescentou, serviu para chamar a atenção sobre o fato de que, como disse Vandré, a vida não se resume a festivais.
O segundo fato, esse sim de uma relevância extremamente grande, a presença de Roberto Benigni que, de forma sutil e polida, ironizou a figura bizarra de Berlusconi que hoje ocupa o centro das atenções da porção civilizada da Europa, tanto pelo seu posicionamento retrógrado de extrema direita, como pelas acusações que sofre pelo seu envolvimento em grandes esquemas de corrupção.
Esse espetáculo de fino humor que atingiu em cheio o "stablishiment" italiano já provocou hoje, um dia após a apresentação de Benigni, a manifestação de Maurizio Gasparri, líder do "Popolo della Libertà" (PdL), partido de direita italiano, que diz ter a intenção de ajuizar ação legal contra Claudio Cappon, diretor geral da RAI.
Mas o mais marcou politicamente a participação de Benigni, em um momento em que os movimentos neo nazistas crescem de modo assustador por toda a Europa e agridem violentamente as minorias representadas pelos negros, judeus, estrangeiros e homossexuais, aproveitando as dificuldades criadas pela crise econômica que atinge os países desenvolvidos, foi a alocução dirigida a favor da liberdade de opção sexual.
No texto, o coerente ator italiano faz a explanação didática e poética do que representa o o direito de amar, independente do fato de ser homo ou heterossexual, e finaliza com um dos poemas escritos por Oscar Wilde da prisão para o Lord Alfred Douglas.
A politização, embora tímida, do Festival da Música Italiana é um fato absolutamente inédito dentro de uma sociedade secularmente conservadora e dentro de um evento que sempre se caracterizou por duas coisas: as belas músicas que apresenta e pela não tomada de posições que possam ser consideradas como polêmicas.
Mesmo que se observe apenas as músicas apresentadas ao longo desses 58 anos que precederam o atual festival, vemos que poucas são as canções que foram apresentadas com algum conteúdo social ou de posicionamento definido - uma delas "Ciao, Amore, Ciao" de Luigi Tenco - sem que jamais alguma tenha ocupado, mesmo que fosse o terceiro lugar.
Rosalvo Maciel
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
A Itália esconde Jorge Troccoli.
Nas últimas semanas, o caso Cesare Battisti vem ocupando um grande espaço nos principais "veículos de comunicação" do país e a cobertura dada ao mesmo - para variar - tem sido extremamente tendenciosa. De modo geral, a grande imprensa brasileira tem feito coro às alegações do governo italiano de que o Brasil está concedendo o status de refugiado político a um "terrorista", condenado por quatro homicídios, em seu país natal.
No entanto, esta mesma imprensa - que se diz neutra, livre e isenta - esquece deliberadamente um episódio ocorrido no ano passado na "democrática" Itália e que merece ser lembrado, no momento em que acontece este contencioso entre o Brasil e o governo do Sr. Berlusconi: o caso do militar uruguaio Jorge Troccolli. Capitão da marinha uruguaia, Troccoli teve uma atuação bastante ativa na tristemente famosa “Operação Condor” (que contou com a participação das ditaduras militares do Uruguai e de outros países sul-americanos), tendo sido responsável pela tortura e morte de mais de uma centena de opositores desses regimes, entre 1975 e 1983. Em 2002, o governo do Sr. Silvio Berlusconi – em sua segunda passagem pela chefia do gabinete de ministros da Itália - concedeu cidadania italiana ao Capitão Troccoli, mesmo sabendo das acusações de crime contra a humanidade que pesavam contra ele.
Em setembro do ano passado, o ministro da justiça da Itália, Angelino Alfano, negou-se à extraditar Troccoli para o Uruguai, alegando que ele é cidadão italiano, tomando como base jurídica um tratado assinado entre os dois países em 1879. Portanto, o mesmo governo que nega-se a extraditar um notório torturador, utilizando dessas filigranas jurídicas, é o mesmo que se considera ofendido pela não-extradição de Battisti, que seguiu todas as normas da legislação brasileira, que por sua vez se baseia em uma série de convenções internacionais.
A mídia golpista brasileira, interessada em atacar o governo Lula, opta por dar razão a um governo com notórias ligações com grupos neo-fascistas e com o crime organizado na Itália, como é o governo Berlusconi, ao invés de cobrir o caso Battisti com a isenção que seria necessária. E se é para dar opiniões pessoais e subjetivas - que é o que tem feito a maior parte dos principais articulistas da grande imprensa - eu prefiro concordar com a bela Carla Bruni, que apóia Battisti, do que com a deputada neo-fascista Alessandra Mussolini (neta do próprio), que faz parte da base de apoio de Berlusconi!!
Maiores informações sobre o caso Troccoli podem ser encontradas em um artigo publicado recentemente no jornal italiano do L'Unitá.
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Vista de perto, a Itália de 2009 dá medo
Franco Berardi (mais conhecido pelo apelido, Bifo), 60, é filósofo, escritor e agitador cultural italiano
Após conduzir um ataque insano contra os trabalhadores, depois de ter levado a termo a criminosa operação Alitalia com a ajuda da oposição de Sua Majestade, após haver tentado (e parcialmente realizado) um ataque mortal contra o que resta da escola Pública, agora – com o pacote de segurança – o governo Berlusconi toma decididamente o caminho da violência autoritária.
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Se olhamos a situação de perto, se experimentamos olhá-la de Roma, ou de Milão – onde a EXPO 2015 virou pretexto para fechar todos os locais de encontro livre dos trabalhadores precários e da cultura dissidente, como os grupos paramilitares fascistas de 1922 fecharam as associações sindicais operárias – não há esperança.
Mas não é de perto que se deve olhar o que acontece na Itália hoje, nem de Roma, nem de Milão. Tentemos mudar o nosso ponto de observação e olhar a Itália de fora, a partir do mundo. Então compreenderemos melhor e nos livraremos da angústia.
No final de novembro de 2008, a classe política que se reuniu em torno de Berlusconi mostrava-se vencedora. No final de novembro de 2008, parecia que o rei-caricatura e sua gentalha estivessem destinados a cavalgar alegremente, sem obstáculos.
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Os Colaninno[1] que compõem aquele partido nada são, senão sócios nos negócios, do presidente do Conselho. Os Bassolini e os Cofferati contribuíram para tornar odioso aquele amontoado de perdedores arrogantes que o pobre Veltroni não conseguiu governar.
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Mais tarde a atmosfera mudou, porque três eventos epocais modificaram o horizonte.
(1): O cataclismo econômico por longo tempo anunciado e por muito tempo ignorado desembarcou nos EUA e está lambendo a península com tempestades das quais, até agora, só vimos os primeiros ventos.
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Mas não se pode, por isso, esquecer dos criminosos que governaram o mundo no último decênio. A classe incompetente que levou o mundo à catástrofe econômica e ecológica começa a ser desprezada, amaldiçoada e derrotada pelos homens e pelas mulheres que iniciam a nova história.
Desde novembro de 2008, quando o cataclismo econômico, a Onda Anômala e o presidente negro mudaram os rumos do mundo, os rostos pálidos que estão no poder na Itália aparecem como são: criminosos incompetentes inimigos da sociedade da inteligência.
A partir daquele momento, tornaram-se perdedores. Nem por isso são menos perigosos. Ao contrário, tornaram-se ainda mais perigosos, como já se vê. Desde então, puseram-se a incitar o ódio étnico, o ódio religioso, transformaram em lei a sua vontade de assassinar a liberdade de manifestação política, introduziram leis de segurança que lembram de perto os momentos mais obscuros da história do século XX. São até mais perigosos hoje, porque vivem seus últimos momentos, são existências destinadas a desaparecer com a avalanche que se aproxima.
Protegem-se agressivamente, mostram a feição descarada da arrogância clerical-fascista e racista. Mas perderam.
Podem ainda produzir muita dor, podem provocar uma guerra racial e podem produzir uma guerra social que levaria a Itália ao precipício. Mas perderam.
Agora, é hora de tomarmos a iniciativa, com calma, com prudência e espírito de paz.
Toca-nos dizer que não se deve aceitar os tons de cruzada, porque as cruzadas são coisas da Idade Média e, para nós, a Idade Média acabou. Goffredo da Buglione morreu. George W Bush morreu. Dick Cheney morreu. E Berlusconi está destinado a segui-los logo.
Assisto a um telejornal. Ouço que Famiglia Cristiana, jornal de pessoas de bem que vivem a fé com caridade e respeito, acusa o governo de fomentar o ódio racial. Ouço que o ministro Maroni ameaça com retaliação 'legal' o jornal mais lido pelos italianos crentes. Depois, vejo que os fascistas no parlamento atiram-se contra o corpo de uma moça que morreu há 17 anos, gritam impropérios, porque querem expropriar os homens e as mulheres do direito de dispor do próprio corpo e da própria alma.
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Mas para eles acabou. Do abismo a que nos levaram, devemos nos levantar com as nossas forças e sobretudo com a nossa inteligência. E evitar a guerra civil à qual querem nos arrastar. E evitar a angústia na qual querem nos sufocar.
Porque nós somos a inteligência coletiva. A ignorância privatista não prevalecerá.
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Verdades e mentiras sobre os transgênicos

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domingo, 15 de fevereiro de 2009
Carta Capital e o país de Pinocchio
Giuseppe Cocco
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No Brasil, as vivas polêmicas suscitadas pelo caso Cesare Battisti foram e são atravessadas por dois grandes vieses. Obviamente, um deles tem origem na Itália. O outro, só um pouco menos óbvio, é fato da conjuntura política brasileira.
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Mas, há uma segunda vertente de críticas à decisão brasileira no caso Battisti: trata-se das colunas de Mino Carta, o editor-proprietário de Carta Capital, e de um magistrado, ex-chefe da repressão ao narcotráfico (sob FHC) que publica colunas no mesmo semanário. Na realidade, a atitude de Mino e Walter Maierovitch flerta com a histeria da direita anti-Lula e mancha a postura de independência editorial que Carta Capital ostentar. Há dois traços específicos nessa segunda vertente.
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Por que esse tratamento desigual, em artigo de jornalista tão bem informado? Será que Mino não sabia como resolver a incongruência dessa unanimidade entre “comunistas” e “fascistas”? O jornalista omitiu um fato que atrapalhava sua coreografia
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Grosso modo, Mino mobiliza três argumentos.
Um, geral, que diz muito sobre sua visão dos problemas do Brasil: trata-se de um país que deve firmar-se em nível internacional – ou seja, ser sério, nos termos dos palpiteiros que decidem sobre "níveis de risco".
Assim, para Mino, o que pensa The Economistconstituiria alguma espécie de Magna Carta – ou seja uma Carta Capital... decisão sobre Battisti é ruim, diz ele, também porque The Economistnão gostou. Para Mino o Brasil ainda seria uma criança que “vive em estado de ignorância”.
O segundo argumento mobiliza um método jornalístico estranho. Afirmando-se como especialista dos detalhes da vida política italiana e de sua história, Mino elogia a carta aberta enviada a Lula pelo presidente italiano – o “comunista” (diz ele) Giorgio Napolitano. Mino não chama de pós ou de ex-comunistas os membros do Partido Democrático (para onde convergiram os ex-membros do PDS (antes Partido Comunista Italiano) e os ex-membros da Democrazia Cristiana, DC). Tudo bem: até aí, nada de grave.
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Por que esse tratamento desigual, em artigo de jornalista tão bem informado? Será que Mino não sabia como resolver a incongruência dessa unanimidade entre “comunistas” e “fascistas”? O nariz de Pinocchio não cresceu. O jornalista não escreveu uma mentira.
Simplesmente omitiu o fato que atrapalhava sua coreografia. E isso depois de anunciar que, “como recomendaria Hannah Arendt, vamos à verdade factual”(sic). Ou ignorância da situação italiana, ou por ter-se atrapalhado com tantos malabarismos jornalísticos, Mino surrupia ao leitor um elemento importante: o drama da classe política italiana está justamente no fato de que comunistas e fascistas têm idêntica opinião sobre os anos 1970, sobre o Brasil de hoje e sobre várias outras coisas. Pobre Hannah Arendt, condenada à revelia a nos ensinar esse tipo de “verdade”.
Ninguém aqui pretende mobilizar Gramsci em prol de Battisti. Mas o que pensaria o filósofo sobre o apoio dos ex-comunistas italianos às guerras do Afeganistão e do Kosovo; ou sobre direita e esquerda italianas estarem hoje unidas numa furiosa discriminação dos imigrantes?
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Por que, em outro parágrafo, falar do fato de que o advogado de Battisti defende também Dantas, e não lembrar que o mesmo advogado defendeu também o MST? MST que assinou manifesto em favor de Battisti e ocupa oito páginas do mesmo número do semanário? Por que quando fala do Tortura Nunca Mais pelo avesso que haveria na Itália, não citar o detalhe de que o Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro apoiou a decisão do Ministro Tarso?
No mesmo numero do semanário, Walter começa sua coluna falando de Gramsci morto na prisão, por mãos dos fascistas. Não faz a pergunta indispensável: o que pensaria o pobre Gramsci, se visse uma situação na qual pós-comunistas e pós-fascistas andam juntinhos?
Não: ninguém aqui pretende mobilizar Gramsci em prol de Battisti. Mas haveria boa coluna a escrever, sim, sobre o que pensaria Gramsci a respeito de dois votos dos ex-comunistas italianos: a favor da guerra do Afeganistão e da guerra Kosovo. E o que pensaria ele sobre direita e esquerda italianas estarem hoje unidas numa furiosa discriminação dos imigrantes estrangeiros? E sobre a imposição das bases militares dos EUA em Vicenza, algo que a população daquela cidade rejeitou em plebiscito legal (e estamos falando de 2008!) e que direita e esquerda italianas aprovaram? E o que pensaria Gramsci sobre o ex-comunista Walter Veltroni, líder do “Partido Democratico”, que, quando prefeito de Roma, ante um fato de delinqüência sexual praticado por um grupo de imigrantes romenos, clamou por punição coletiva, étnica, para todos os “roms” (quer dizer, todos os ciganos)?
Mino e Walter falam da volta do “Febeapá do Lalau” e se pretendem conhecedores finos da realidade italiana. Walter nos explica que as leis especiais de repressão da luta armada não eram “de exceção” mas de “emergência” – sutileza equivalente ao requinte busheano de chamar a tortura praticada em Guantanamo de “novos métodos de interrogatório”. E então vem Mino e nos diz que “a Itália (...) não alterou uma única, escassa vírgula da sua Constituição para combater o terrorismo”.
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A Itália inteira sabe: a explosão de Piazza Fontana, em 1969, foi o primeiro de uma série de atentados cometidos por fascistas ou agentes de Estado ligados à Gladio (uma organização paralela à OTAN), como parte da strategia della tensione
Walter afirma-se profundo conhecedor da vida política italiana e escreve: پg[na Itália] o terror começou em dezembro de 1969 com a explosão de Piazza Fontanaپh. Não. A Itália inteira sabe que esse atentado, conhecido como strage di Stato (massacre praticado pelo Estado), está na base da chamada strategia della tensione – uma série de atentados (nos trens, em manifestação em Brescia, na estação de trens de Bologna) cometidos por fascistas ou agentes do Estado ligados a uma organização paralela da OTAN, chamada "Gladio", dirigida por Licio Gelli entre outros.
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A Itália dos anos 1960 e dos anos 1970 era assim: políticos da Democrazia Cristianamisturados com mafiosos, generais golpistas, logiasmaçônicas, bancos do Vaticano e bombas cegas destinadas a ameaçar o movimento operário e estudantil. Afirmação política que chegou à imortalidade na peça de teatro “Morte acidental de um anarquista” de Dario Fo, Pêmio Nobel literatura. É essa verdade política nossos dançarinos optaram por não revelar a seus leitores.
O primeiro ato violento (armado) da esquerda foi – em 1972 – o homicídio do Delegado Calabresi, acusado de ter defenestrado o anarquista Pinelli para acusar o movimento desse horror. O intelectual Adriano Sofri, na época dirigente do grupo "Lotta Continua" (que tinha 20 mil militantes e publicou ao longo da década um jornal quotidiano do mesmo nome), está pagando, com longos anos de prisão, uma condenação por responsabilidade moral nesse assassinato. E isso não é político? E Feltrinelli, editor, homem de esquerda e amigo pessoal de Fidel Castro, que morreu também em 1972, tentando sabotar uma torre de energia para tentar acordar os grupos de resistência contra as ameaças fascistas? Feltrinelli foi criminoso comum?
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Mino e Walter não lembram do clima daqueles anos? O golpe militar contra Allende (em 1973), o esmagamento da revolta dos estudantes gregos pelos tanques não teria tido, para eles, nenhum impacto nos movimentos de toda a Europa? Não eram pequenos grupos. Eram manifestações oceânicas, sistemáticas e repetidas, manifestações de rua que diziam: Grecia, Chile: mai piú senza fucile[Grécia, Chile, nunca mais sem fuzil]. O próprio compromisso histórico não foi, pelo menos em parte, fruto do veto norte-americano à chegada ao poder do Partido Comunista Italiano? Para não falar de Ustica: será que Mino e Walter ouviram falar de Ustica?
Se sim, como justificam que o Estado italiano tenha acobertado todos os elementos que indicavam que o avião foi derrubado por um míssil, em acidente que matou 81 pessoas? Por que a Itália nunca chamou o embaixador dos Estados Unidos, quando Washington retirou clandestinamente de território italiano os pilotos militares que derrubaram a cabine de um teleférico (“bondinho”), matando 20 italianos? Por que não se romperam relações diplomáticas com os Estados Unidos quando norte-americanos metralharam um carro do serviço secreto italiano, cujos ocupantes participavam de uma operação de libertação de uma refém em Bagdá, matando um agente italiano e ferindo a refém?
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Por que as mortes ligadas a Battisti seriam mais pesadas de todas as outras? Não é problema de justiça, ainda menos de moral. Trata-se afirmar uma razão de Estado.
A Itália quer afirmar sua razão de Estado como a única, para que ninguém ouse mais contestá-la. Mino e Walter dançam por essa música.
Chegamos assim à terceira argumentação. Mino e Walter tentam demonstrar tecnicamente que Battisti seria delinquente comum. Usando magistralmente os relatórios de polícia (que, diga-se de passagem, denominava-se na época"polícia política"; passando depois a ser designada por uma sigla, DIGOS), Mino e Walter dizem que Battisti teria sido recrutado pelas organizações armadas, depois de ter sido preso por crimes comuns.
Aí, Mino e Walter têm de se decidir, uma coisa ou outra: se na Itália daquela época não havia crimes políticos... quando ter-se-ia dado a mágica de se transformar o crime de Battisti, de crime comum em crime político? Por que os relatórios de polícia tanto se empenhariam para estabelecer o momento e a forma de sua “politização”?
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Será preciso lembrar a Constituição dos Estados Unidos que prevê o direito à revolta contra o poder constituído? Thomas Jefferson, agora, mais um perigoso terrorista?
Bem mais recentemente, em seu discurso sobre a questão do racismo, o atual presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, não reivindicou explicitamente as lutas dos negros, inclusive das revoltas violentas? Não tentou a direita republicana usar contra ele sua relação com um antigo militante dos weathermen(movimento de guerrilha contra a guerra do Vietnam)?
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Sim, os operários italianos lutavam contra a ordem fabril e contestavam a constituição italiana “fundada sobre o trabalho” — ou seja, sobre a exploração do trabalho. Sim, os novos movimentos contestavam a sociedade disciplinar como um todo e construíram a base da abolição dos hospitais psiquiátricos, das lutas pela democratização das prisões, contra o serviço militar autoritário, pela universalização do acesso horizontal ao ensino superior, pela habitação popular e a gratuidade dos serviços. Essas lutas conquistaram o direito ao divórcio, os direitos das mulheres ao aborto e até as vitórias do Partido Comunista nas eleições municipais de 1975.
Depois, as mesmas lutas foram derrotadas pela espiral dos massacres perpetrados pelo Estado e das respostas armadas que militarizavam o movimento. A repressão desse movimento, pela qual optou a esquerda institucional (por meio do “compromisso histórico”, ou seja, a conciliação com o histórico partido de poder, a Democrazia Cristiana), não significou apenas a derrota do movimento: significou a derrota da própria esquerda.
Um ano depois da grande operação política de repressão do dia 7 de abril de 1979, a Fiat demitiu dezenas de milhares de operários e embarcou na contra-revolução neoliberal que se tornaria hegemônica mundialmente. Resultado: a esquerda institucional italiana não existe mais!
Os pobres que lutam todos os dias – renovando os princípios éticos, ou constituintes, dos direitos e do direito – entendem muito bem que, para além do graves erros políticos da década de 1970, na Itália como no mundo todo, aquele ciclo revolucionário está presente. Inclusive, e sobretudo, nos governos democráticos de América do Sul, nas dinâmicas de radicalização democrática que os atravessam. A decisão do ministro Tarso é uma dessas dinâmicas radicalmente democráticas.
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Episódio na Suiça esquenta debate sobre racismo europeu
Segundo reportagem da revista Carta Capital, há sinais de conivência do poder local Suiço com os supostos criminosos que teriam atacado a brasileira Paula Oliveira. Os policiais que atenderam Paula tentaram intimidá-la, dizendo ser a única responsável por sua versão. A cônsul do Brasil, Victoria Cleaver, foi destratada pela polícia, que a mandou falar com a vítima se quisesse informações. A advogada foi ameaçada por um investigador: “Se você estiver mentindo, poderá ser presa”. O próprio chanceler Celso Amorim precisou somar-se à pressão por uma investigação do caso.
Em 1º de fevereiro, três italianos, de 29, 28 e 16 anos espancaram e queimaram com gasolina um mendigo indiano em Nettuno, perto de Roma. Segundo a polícia, não foi um ato racista: fizeram isso “para divertir-se”.
No dia 5, o Senado italiano aprovou uma “Lei de Segurança” que, além de criminalizar os imigrantes ilegais e estimular médicos a denunciá-los, legaliza as “rondas padanas”, milícias organizadas pelos racistas da Liga Norte para intimidar estrangeiros, responsáveis por agressões similares, inclusive o roubo, tortura e estupro de ciganas em Monza, Lecco e Varese de 2005 a 2007 e o incêndio de um acampamento cigano em Milão em 2007. No dia 2, insensível a tudo isso, o ministro italiano do Interior, Roberto Maroni, declarara que “para lutar contra a imigração ilegal e os males que traz, precisamos ser maus”.
Como nos anos 30, a estagnação prolongada, o desemprego e a crise econômica chocaram o ovo da serpente. O fascismo está de volta e não mais apenas nas margens da sociedade europeia, mas em seu próprio cerne.
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Especialistas minimizam onda xenófoba
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Questionados sobre esta nova onda xenófoba, alguns acadêmicos europeus buscam minimizar a extensão do problema. Em declarações ao portal Terra, especialistas em racismo e xenofobia na Europa negaram que o continente esteja vivenciando uma explosão de preconceito contra estrangeiros. Atos pontuais, afirmam, não significam que o problema seja maior hoje do que já fora há 50 anos, ao mesmo tempo em que as diferenças nos mecanismos de controle das estatísticas em cada país impossibilitam, atualmente, qualquer comparação provando que a Europa está mais avessa aos imigrantes.
"Quando acontecem casos isolados, a indignação geral da população dá a impressão de que o problema está cada vez pior. Mas um caso único não é representativo, e hoje não existem elementos concretos que provem o aumento dos casos de xenofobia e racismo", afirma Nonna Mayer, diretora de pesquisas do Centro de Pesquisas Políticas da Sciences Po, especialista em extrema direita, racismo e anti-semitismo e integrante do Grupo de Estudos Europeus sobre o Racismo e a Xenofobia. "É preciso diferenciar ameaça de violência, assim como indivíduo de grupo. Enquanto partidos de extrema-direita pregam a expulsão dos estrangeiros e skinheads picham frases racistas em muros ou batem em uma pessoa, não vivemos um momento de violência xenófoba contra os imigrantes. Não se pode, de forma alguma, generalizar".
Para Mayer, a ausência de dados coordenados sobre o assunto entre os países europeus torna impossível qualquer comparação sobre onde existe mais preconceito, e o problema só pode ser analisado nacionalmente. "Por exemplo, sabemos que o preconceito contra islâmicos vem aumentando na França. No entanto, isso não representa que os atos de violência contra os árabes também sejam em maior número".
A Agência Européia dos Direitos Fundamentais, responsável pelas questões de xenofobia em nível europeu, também se recusa a estabelecer um paralelo entre os países. "Alguns países demonstram bem mais interesse em analisar os problemas de preconceito do que outros, e por isso o nível de detalhes nos estudos de um é bem maior do que os de outros. O Reino Unido, por exemplo, é um dos que mais revelam querer combater o racismo e a xenofobia, enquanto que os países do leste ainda não têm muita consciência sobre a importância destes estudos", analisa Waltraud Heller, porta-voz da agência, na Áustria.
Crise aumentou o problema
Ao mesmo tempo em que buscam amenizar o problema, os especialistas confirmam que a crise econômica, conforme Heller, também provoca um aumento pontual das ocorrências de aversão a estrangeiros, uma vez que os próprios governos começam a adotar medidas protecionistas para conter os efeitos turbulência. O exemplo mais recente é a greve "anti-estrangeiros" dos trabalhadores de uma refinaria inglesa, ocorrida na semana passada. Depois de uma semana de mobilizações - em uma greve que acabou motivando os empregados de outras 20 empresas do país -, os funcionários da empresa Total em Lindey conseguiram que a direção reservasse 50% das vagas para os ingleses.
Em dezembro, a Espanha, fortemente afetada pela crise, também registrou incidentes de xenofobia. "É claro que um momento econômico delicado causa imediatamente repúdio a tudo aquilo que possa parecer uma ameaça. Mas tão logo as coisas voltarem ao normal, todas essas demonstrações de preconceito também voltarão aos seus níveis habituais em cada país".
Além disso, diz Heller, o fato de a mídia repercutir cada vez mais os casos de ataques de neonazistas contribuem para dar a impressão de que a Europa está mais preconceituosa. "Há 15 anos, ninguém falava disso, e hoje não apenas se fala bastante como o próprio debate pela busca de soluções suscita a dúvida quanto ao problema estar maior ou não".
Alemanha tem encontro neonazista
Neste sábado, seis mil membros da extrema-direita alemã são aguardados para o encontro anual dos neonazistas em Dresden, no leste do país. A Trauermarsch, ou "marcha fúnebre", ocorre todos os anos desde 1998, para lembrar o bombardeio da cidade pelas forças Aliadas no final da Segunda Guerra Mundial, em 13 de fevereiro de 1945. Foi a cidade alemã mais bombardeada pela guerra, e justamente num momento em que o conflito que já chegava ao fim.
A cada edição, o número de manifestantes que participam do ato vem aumentando. No início, eram 200 simpatizantes "nostálgicos do III Reich". A barreira dos 1 mil foi ultrapassada em 2003.
Três mil policiais estão destacados para monitorar o evento, especialmente porque uma contra-manifestação, de esquerda, também está prevista para acontecer na cidade.
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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
XENOFOBIA, OUTRA FACE DA DIREITA

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
O Avante! faz 78 anos no domingo
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Marcadores: marxismo, mídia, resistência
Prestam homenagem na ONU a Fidel Castro e Julius Nyerere
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O também sacerdote nicaraguense disse a respeito de Fidel Castro que, mais que um herói, é o mais parecido a um santo que temos em nosso atribulado mundo, de acordo com uma notícia da agência Prensa Latina.
Ressaltou no ato organizado pela Comissão de Desenvolvimento Social do Conselho Econômico e Social da ONU, que continua em dívida e acredita que toda a humanidade também o está com Fidel Castro, que dedicou sua vida a praticar e promover incansavelmente a solidariedade com os povos oprimidos de todo o mundo.
O ex-ministro das Relações Exteriores da Nicarágua, neste primeiro mandato dos sandinistas, referiu-se também ao surgimento de novos líderes, como o presidente Evo Morales, da Bolívia.
“Ultrapassando todo tipo de dificuldades, está guiando nossos povos indígenas na Bolívia e em todo o mundo, até o lugar que lhes cabe em nossas sociedades por direito”, sublinhou.
D’Escoto sustentou que é impossível atingir o desenvolvimento, a integração e a justiça sociais sem paz e segurança e respeito por todos os direitos humanos.
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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Brasileira é agredida por neonazistas na Suíça
A advogada brasileira Paula Oliveira, de 26 anos, foi agredida na noite de segunda-feira (9) por três homens brancos, com cabelos raspados, em Dubendorf, cidade perto de Zurique, na Suíça. Paula estava grávida de gêmeos de três meses e acabou perdendo as crianças, além de sofrer cortes em todas as partes do corpo.
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