A Embraer demitiu nesta quinta-feira (19), 4,2 mil trabalhadores, o equivalente a 20% do efetivo da empresa. Grande parte das demissões aconteceu em sua fábrica de São José dos Campos, em diferentes setores da produção. A Embraer possui hoje cerca de 21 mil trabalhadores, dos quais cerca de 15 mil estão em São José dos Campos.
Além do Cidadão Kane
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
EMBRAER FAZ DEMISSÃO EM MASSA E DISPENSA 4,2 MIL TRABALHADORES
Ameaça de cortes
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A Embraer demitiu nesta quinta-feira (19), 4,2 mil trabalhadores, o equivalente a 20% do efetivo da empresa. Grande parte das demissões aconteceu em sua fábrica de São José dos Campos, em diferentes setores da produção. A Embraer possui hoje cerca de 21 mil trabalhadores, dos quais cerca de 15 mil estão em São José dos Campos.
A Embraer demitiu nesta quinta-feira (19), 4,2 mil trabalhadores, o equivalente a 20% do efetivo da empresa. Grande parte das demissões aconteceu em sua fábrica de São José dos Campos, em diferentes setores da produção. A Embraer possui hoje cerca de 21 mil trabalhadores, dos quais cerca de 15 mil estão em São José dos Campos.
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Num comunicado interno, o presidente da Embraer, Frederico Curado, confirma os cortes e alega que a empresa perdeu encomendas e, por isso, está reduzindo seu quadro de pessoal.
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É a maior demissão em massa já anunciada pela empresa. Mas a Embraer não comunicou oficialmente o Sindicato dos Metalúrgicos sobre o número de demissões, apesar dos insistentes pedidos da entidade nos últimos meses para que fosse agendada uma reunião para discussão sobre o assunto. O último pedido foi realizado ontem, dia 19, conforme carta protocolada às 18h05. No momento em que a empresa iniciou as demissões, por volta das 15h, o Sindicato realizava panfletagem e assembleia com os trabalhadores justamente sobre os fortes boatos de demissões que já circulava entre os trabalhadores e a necessidade de resistência.
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O Sindicato vinha cobrando uma posição da empresa com o objetivo de discutir a garantia de emprego dos trabalhadores desde o ano passado. Foram enviados também pedidos de audiência com o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury, com o governador José Serra e com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
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Uma reunião com o prefeito Eduardo Cury estava agendada para amanhã, dia 20, mas foi antecipida para hoje, às 19h, no Paço Municipal.
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“É inadmissível que uma empresa que tanto lucrou e recebe muito dinheiro público faça uma demissão em massa como essa. E com requintes de crueldade, ao fazer isso com os trabalhadores às vésperas do Carnaval. Precisamos repudiar veementemente estas demissões e lutar para que a empresa volte atrás nessa medida", afirma o presidente do Sindicato, Adilson dos Santos, o Índio. "Esperamos também que o prefeito, os governos estadual e federal adotem medidas práticas e urgentes para intervir nessa grave situação. Não adianta vir com propostas irrelevantes de banco de currículos. Essas demissões terão um impacto extremamente negativo em toda a cadeia produtiva da cidade”, disse Índio.
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Reestatização da Embraer
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Entre as alternativas defendidas pelo Sindicato para evitar demissões estão a redução da jornada de trabalho sem redução de salários e de direitos, já que a Embraer tem a maior jornada entre as empresas aeronáuticas em todo o mundo (43h semanais), bem como estabilidade no emprego e reestatização da empresa. A Embraer é uma das principais beneficiadas por dinheiro público no país através do BNDES. Desde sua privatização, em 1995, a Embraer já recebeu cerca de 7 bilhões de dólares por meio de financiamentos.
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“É inaceitável que uma empresa receba uma quantia tão alta, vinda dos cofres públicos, e demita mais de 4 mil funcionários. Vamos iniciar imediatamente uma intensa campanha pela readmissão dos trabalhadores e reestatização da Embraer”, afirma Índio.
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Coletiva à imprensa
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O Sindicato vai iniciar uma forte ofensiva contra as demissões. Nesta sexta-feira, dia 20, às 11 horas, o Sindicato realizará uma entrevista coletiva na sede da entidade (Rua Maurício Diamante, 65 – Centro – São José dos Campos).
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A entrevista coletiva também será transmitida pela página do Sindicato na internet.
Postado por O Velho Comunista às 12:23
Marcadores: Brasil, capitalismo, Crise Econômica, globalização, trabalhadores
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