Além do Cidadão Kane
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Mais um palestino morre devido ao cerco
Faixa de Gaza, 22 de abril de 2009, (Pal Telegraph) – O cerco sobre a Faixa de Gaza continua levando palestinos à sepultura. Um homem palestino morreu uma hora atrás, devido à impossibilidade de acesso à medicação e tratamento.
Nai'm El Ejla, 58, ficou gravemente doente, imediatamente após a guerra em Gaza. Médicos em Gaza falharam em diagnosticar o seu caso, apresentando vagos sintomas gerais até sua morte.
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Ele foi detido na fronteira com o Egito muitas vezes. Ele tentou viajar para Israel para tratamento, mas foi impedido pelos israelitas. Ebrahim, 24, jornalista de Gaza e filho do Sr. Nai'm relatada pelo Palestina Telegraph a morte de seu pai.
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"Tentamos dar a ele o tratamento, mas falhou. Ele é Shaid (Mártir), do cerco. Médicos em Gaza, não foram capazes de ajudá-lo. Tentamos levá-lo para o Egito, mas não conseguimos até que as sua condições saúde deterioraram-se.
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Finalmente, conseguimos levá-lo para um médico indicado pelo hospital de Gaza, mas isto não o salvou. Autoridades egípcias não permitiram nem mesmo a sua entrada no hospital. Ele morreu na porta do hospital, pois médicos e autoridades egípcias se recusaram a tratá-lo". Diz Ebrahim enquanto chora.
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A família El ejla está esperando os restos mortais da vítima chegarem em Gaza. Nai'm está ainda em território egípcio. O número de vítimas do cerco aumenta e chega a 323 pessoas.
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A falta de acesso a tratamento médico ameaça as vidas dos palestinos diariamente. Todos os hospitais e clínicas em Gaza relatam grave escassez de medicamentos e equipamentos. Estoques de medicamentos básicos estão 50% abaixo do mínimo necessário.
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Medicamentos para tratar a diabetes, doenças cardíacas, asma e outras enfermidades crônicas não estão disponíveis. Acessos à Oncologistas ou diálise são impossíveis. Um problema pungente dado às altas taxas de câncer resultantes da utilização de munições revestidas de urânio empobrecido pelo exército israelita.
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Materiais esterilizados estão reduzidos em até 30%.
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Os suprimentos de testes diagnósticos estão reduzidos em 40%, e afetam diretamente a saúde dos doentes. Mesmo as crianças nas incubadoras são afetadas pela escassez.
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Os equipamentos hospitalares necessitam desesperadamente de peças e manutenção. O cerco impede que sejam reabastecidos. As transferências são freqüentemente bloqueadas ou atrasadas nas fronteiras. Contínuos cortes de energia e apagões têm danificado equipamentos hospitalares e sistemas de informação.
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Sameh Akram Habeeb, desde a Faixa de Gaza
Tradução: Rosalvo Maciel
Postado por O Velho Comunista às 02:05
Marcadores: crimes de guerra, Direitos Humanos, fascismo, guerra imperialista, Imperialismo, israel, Palestina, prepotência, refugiados, resistência, terrorismo de Estado
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