Jaru, Rondônia Em Jacinópolis, Rondônia, a 400 km da capital Porto Velho, na área do Catâneo, ocorreu um massacre nesta quarta-feira, que está sendo encoberto por toda a imprensa burguesa e as autoridades. A área é conhecida por este nome por ser dominada pela família Catâneo, uma das maiores famílias de latifundiários do estado. Segundo relatos de sem-terra colhidos diretamente em Rondônia pela equipe da Causa Operária Notícias Online e pela Liga dos Camponeses Pobres, uma verdadeira operação de guerra foi armada por latifundiários e teria terminado com a morte de 15 sem-terra no acampamento Conquista da União. Os acampados, que chegavam a cerca de 900 pessoas, foram surpreendidos às 7h30 da manhã da última quarta-feira, dia 9, por pelo menos 80 pistoleiros armados com fuzis e escopetas. Encapuzados, os capangas atiraram para matar todos que estavam à sua frente. Gritavam, "aqui somos os homens do Amorim, desocupa, desocupa", relataram os camponeses. Amorin aos quais os jagunços se referiram é Ernanes Amorin, ex-senador do estado pelo PDT, e agora deputado federal. O parlamentar assassino, mandante do massacre é ligado à família Catâneo que possui inúmeras terras na região e empresas e serraria. Esta família possui um histórico de assassinatos impunes dos sem-terra. Com coletes à prova de balas e armados até os dentes com farta munição os ?homens do Amorin? levavam sacolas com balas e recarregavam alí mesmo seus cartuchos. Segundo os relatos, o tiroteio teria durado duas horas. Os jagunços queimaram todos os pertences que os camponeses tinham e todos os barracos de madeira montados no local. Cerca de 100 pessoas fugiram e permanecem na beira da estrada próxima ao local e o resto das pessoas, aterrorizadas, fugiu para cidades próximas. Segundo os sem-terra, há 30 desaparecidos até o momento, sendo destes duas crianças, um senhor de 70 anos e uma mulher grávida. O número de mortos não pode ser confirmado, pois os pistoleiros ainda cercam o acampamento. Os sem-terra, a Liga dos Camponeses Pobres, O Partido da Causa Operária e outras organizações que apóiam a LCP, diante de tal massacre, tentaram contactar autoridades federais. A LCP contactou desde a Polícia Federal até o Ministério da Justiça, assim como os órgãos oficiais responsáveis pela questão agrária, o Incra, a Ouvidoria Agrária Nacional, mas de nenhum destes obteve qualquer resposta. Quase 48 horas depois de denunciado o massacre, nenhum órgão do Estado sequer compareceu ao local. Além disto, não se sabe se estão mantidos sem-terra como reféns pois estes não têm qualquer acesso ao local do crime pois um grupo de pistoleiros cerca a região, atirando em quem chegar próximo dalí. Já o jornal Folha de Rondônia, de Ivo Cassol, teve acesso ao local para publicar em sua matéria de editorial de hoje (11) que não houveram mortos, que são apenas boatos dos sem-terra. Como nos regimes de exceção, típicos de ditaduras militares, impõe-se a verdadeira terra sem-lei, onde quem governa são os latifundiários e a sua guarda pretoriana. Esta situação reina impunemente em Rondônia, e vem acontecendo uma escalada repressiva sem precedentes, isto com a total cobertura dos governos estadual e federal e também da imprensa burguesa em nível nacional. Isto só confirma o plano orquestrado pelo governo Lula e o governo do latifundiário Ivo Cassol para perseguir e massacrar os sem-terra de Rondônia. Os maiores jornais do País mostram o plano montado para encobrir um crime que vem sendo planejado há semanas pela imprensa mais venal do País, como a revista Istoé, que vem atacando os sem-terra e especialmente a Liga dos Camponeses Pobres como um bando de guerrilheiros super-armados e ligados ao narcotráfico. A campanha persiste, dando eco às imprensas locais de Rondônia, controladas diretamente pelos latifundiários. Jornais como a Folha de S. Paulo e o Estado de S. Paulo, fazem parte diretamente do complô. O primeiro publicou sem nenhum destaque na última quinta-feira uma matéria minúscula de um parágrafo dizendo que houve um possível massacre mas que ainda não havia sido confirmado pela polícia. O Estado de S. Paulo sequer publicou qualquer matéria sobre a chacina, mesmo depois de 24 horas do massacre. Já os jornais da região de Rondônia, que não puderam esconder o massacre, publicaram este sem destaque mas continuando a campanha incriminando o movimento. O jornal "O Estadão" de Rondônia trouxe na capa duas manchetes de destaque, uma dizendo que massacre deixa 15 mortos e outra de que as FARC fazem recrutamento de soldados em Rondônia, se referindo ao movimento da LCP. O jornal do governador do estado, Ivo Cassol, o "Folha de Rondônia", publicou matéria principal desmentindo o fato, dizendo que as denúncias dos sem-terra são apenas boatos falsos. A equipe do Causa Operária Notícias Online, que esteve no local onde permanecem os sem-terra acampados à beira da estrada, recebeu a informação do massacre diretamente dos sobreviventes que relataram as cenas de mortes e dizem que ainda ao tentarem se aproximar da área do massacre para recuperar suas motos receberam tiros como resposta. Toda a burguesia, representada pelo governo Ivo Cassol (ex-PSDB e PPS), o governo dos pistoleiros acobertado pelo Incra, a Ouvidoria Agrária e os ministros de Lula, procura esconder o massacre promovido em Rondônia, área de maiores conflitos do País, como parte do plano para promover um massacre em todo o estado contra os sem-terra. É necessário que todas as organizações ligadas ao movimento sindical, estudantil e popular denunciem amplamente este massacre e se coloquem de corpo e alma em defesa dos sem-terra. O Partido da Causa Operária apóia integralmente a luta dos sem-terra e da LCP e levanta um programa de luta para a luta no campo. Reforma Agrária já! Fim do latifúndio! Expropriação das terras dos latifundiários sem indenização! Terra para quem nela trabalha! Abaixo a criminalização dos sem-terra! Punição imediata aos assassinos dos sem-terra!
Além do Cidadão Kane
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Jacinópolis, Rondônia: Massacre preparado e encoberto por toda a burguesia
Em Jacinópolis, Rondônia, nesta quarta-feira pode ter ocorrido o maior massacre contra os sem-terra na história do estado, que está sendo encoberto por toda a imprensa burguesa, o governo federal e as autoridades
Jaru, Rondônia Em Jacinópolis, Rondônia, a 400 km da capital Porto Velho, na área do Catâneo, ocorreu um massacre nesta quarta-feira, que está sendo encoberto por toda a imprensa burguesa e as autoridades. A área é conhecida por este nome por ser dominada pela família Catâneo, uma das maiores famílias de latifundiários do estado. Segundo relatos de sem-terra colhidos diretamente em Rondônia pela equipe da Causa Operária Notícias Online e pela Liga dos Camponeses Pobres, uma verdadeira operação de guerra foi armada por latifundiários e teria terminado com a morte de 15 sem-terra no acampamento Conquista da União. Os acampados, que chegavam a cerca de 900 pessoas, foram surpreendidos às 7h30 da manhã da última quarta-feira, dia 9, por pelo menos 80 pistoleiros armados com fuzis e escopetas. Encapuzados, os capangas atiraram para matar todos que estavam à sua frente. Gritavam, "aqui somos os homens do Amorim, desocupa, desocupa", relataram os camponeses. Amorin aos quais os jagunços se referiram é Ernanes Amorin, ex-senador do estado pelo PDT, e agora deputado federal. O parlamentar assassino, mandante do massacre é ligado à família Catâneo que possui inúmeras terras na região e empresas e serraria. Esta família possui um histórico de assassinatos impunes dos sem-terra. Com coletes à prova de balas e armados até os dentes com farta munição os ?homens do Amorin? levavam sacolas com balas e recarregavam alí mesmo seus cartuchos. Segundo os relatos, o tiroteio teria durado duas horas. Os jagunços queimaram todos os pertences que os camponeses tinham e todos os barracos de madeira montados no local. Cerca de 100 pessoas fugiram e permanecem na beira da estrada próxima ao local e o resto das pessoas, aterrorizadas, fugiu para cidades próximas. Segundo os sem-terra, há 30 desaparecidos até o momento, sendo destes duas crianças, um senhor de 70 anos e uma mulher grávida. O número de mortos não pode ser confirmado, pois os pistoleiros ainda cercam o acampamento. Os sem-terra, a Liga dos Camponeses Pobres, O Partido da Causa Operária e outras organizações que apóiam a LCP, diante de tal massacre, tentaram contactar autoridades federais. A LCP contactou desde a Polícia Federal até o Ministério da Justiça, assim como os órgãos oficiais responsáveis pela questão agrária, o Incra, a Ouvidoria Agrária Nacional, mas de nenhum destes obteve qualquer resposta. Quase 48 horas depois de denunciado o massacre, nenhum órgão do Estado sequer compareceu ao local. Além disto, não se sabe se estão mantidos sem-terra como reféns pois estes não têm qualquer acesso ao local do crime pois um grupo de pistoleiros cerca a região, atirando em quem chegar próximo dalí. Já o jornal Folha de Rondônia, de Ivo Cassol, teve acesso ao local para publicar em sua matéria de editorial de hoje (11) que não houveram mortos, que são apenas boatos dos sem-terra. Como nos regimes de exceção, típicos de ditaduras militares, impõe-se a verdadeira terra sem-lei, onde quem governa são os latifundiários e a sua guarda pretoriana. Esta situação reina impunemente em Rondônia, e vem acontecendo uma escalada repressiva sem precedentes, isto com a total cobertura dos governos estadual e federal e também da imprensa burguesa em nível nacional. Isto só confirma o plano orquestrado pelo governo Lula e o governo do latifundiário Ivo Cassol para perseguir e massacrar os sem-terra de Rondônia. Os maiores jornais do País mostram o plano montado para encobrir um crime que vem sendo planejado há semanas pela imprensa mais venal do País, como a revista Istoé, que vem atacando os sem-terra e especialmente a Liga dos Camponeses Pobres como um bando de guerrilheiros super-armados e ligados ao narcotráfico. A campanha persiste, dando eco às imprensas locais de Rondônia, controladas diretamente pelos latifundiários. Jornais como a Folha de S. Paulo e o Estado de S. Paulo, fazem parte diretamente do complô. O primeiro publicou sem nenhum destaque na última quinta-feira uma matéria minúscula de um parágrafo dizendo que houve um possível massacre mas que ainda não havia sido confirmado pela polícia. O Estado de S. Paulo sequer publicou qualquer matéria sobre a chacina, mesmo depois de 24 horas do massacre. Já os jornais da região de Rondônia, que não puderam esconder o massacre, publicaram este sem destaque mas continuando a campanha incriminando o movimento. O jornal "O Estadão" de Rondônia trouxe na capa duas manchetes de destaque, uma dizendo que massacre deixa 15 mortos e outra de que as FARC fazem recrutamento de soldados em Rondônia, se referindo ao movimento da LCP. O jornal do governador do estado, Ivo Cassol, o "Folha de Rondônia", publicou matéria principal desmentindo o fato, dizendo que as denúncias dos sem-terra são apenas boatos falsos. A equipe do Causa Operária Notícias Online, que esteve no local onde permanecem os sem-terra acampados à beira da estrada, recebeu a informação do massacre diretamente dos sobreviventes que relataram as cenas de mortes e dizem que ainda ao tentarem se aproximar da área do massacre para recuperar suas motos receberam tiros como resposta. Toda a burguesia, representada pelo governo Ivo Cassol (ex-PSDB e PPS), o governo dos pistoleiros acobertado pelo Incra, a Ouvidoria Agrária e os ministros de Lula, procura esconder o massacre promovido em Rondônia, área de maiores conflitos do País, como parte do plano para promover um massacre em todo o estado contra os sem-terra. É necessário que todas as organizações ligadas ao movimento sindical, estudantil e popular denunciem amplamente este massacre e se coloquem de corpo e alma em defesa dos sem-terra. O Partido da Causa Operária apóia integralmente a luta dos sem-terra e da LCP e levanta um programa de luta para a luta no campo. Reforma Agrária já! Fim do latifúndio! Expropriação das terras dos latifundiários sem indenização! Terra para quem nela trabalha! Abaixo a criminalização dos sem-terra! Punição imediata aos assassinos dos sem-terra!
Postado por O Velho Comunista às 00:13
Marcadores: assassinato, trabalhadores
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