Nazira Correia Camely( *)
O imperialismo na Amazônia, não apenas brasileira, combina sua estratégia militar de espionagem e ocupação futura com interesses mediatos dos capitais monopolistas, insumos para a indústria biotecnológica. Combinando intervenção econômica com elementos da guerra de baixa intensidade tendo por base o ecologismo, tenta cimentar ideologicamente interesses diversos como de pequenos produtores e latifundiários através de uma política de planejamento estatal, como o zoneamento econômico e ecológico – zee[1], financiado e dirigido por quadros de agências do imperialismo como o Banco Mundial.
O fracasso desse planejamento, apesar dos esforços de propaganda dos governos estaduais e da própria SAE – Secretaria de Assuntos Estratégicos[2], revela-se na brutal atuação dos órgãos de meio ambiente contra os camponeses, medidas repressivas contra o desmatamento de pequenas áreas para plantar alimentos, pesca e caça entre outros, são aplicadas multas, tomada de ferramentas, prisões e tortura. Outro resultado bastante visível das políticas imperialistas na Amazônia tem sido o esvaziamento do campo, movimento migratório que tem provocado o crescimento exagerado das cidades e também constituindo uma população flutuante na fronteira do Brasil com países vizinhos (Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia) e a constituição de uma população flutuante empurrada ora para um país ora para outro, sem conseguir resolver seu problema, a terra, já que se trata principalmente de camponeses e índios. Ler mais...
(*) Nazira Correia Camely (nazira@ufac.br)
Profª do Departamento de Economia da UFAC(Universidade Federal do Acre)
Colaboradora do Cebraspo (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos) (cebraspo@uol.com.br)
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