Além do Cidadão Kane

segunda-feira, 26 de maio de 2008

O ANTIIMPERIALISMO, AS POLÍTICAS DA SOCIEDADE CIVIL E NOSSAS TAREFAS

TKP/ML (Partido Comunista da Turquia/ Marxista-Leninista)

O que entendemos por luta antiimperialista?

O capitalismo é um sistema mundial e o imperialismo pode ser descrito como o último estágio do capitalismo, ou do domínio do capital financeiro, ou mais ainda do capitalismo monopolista. Como pode ser entendido por esta definição, toda luta antiimperialista consistente implica em luta anticapitalista em seu sentido geral.
Lutar contra o imperialismo é parte de nossa luta pela revolução de nova democracia. Por causa da existência do semifeudalismo e do semicolonialismo em nosso país, nosso programa mínimo de revolução é a revolução de nova democracia. O primeiro dever dessa revolução é o de resolver as contradições de natureza antifeudal e antiimperialista. Este dever requer que lutemos e derrotemos três grandes inimigos em nosso país.
Este dever também requer que expulsemos o imperialismo de nosso país e acabemos com a hegemonia dos burgueses compradores e dos grandes latifundiários. Este é o objetivo principal de nossa luta antiimperialista. Na época do imperialismo e das revoluções proletárias, os objetivos concretos e o estilo da luta antiimperialista em países semifeudais e semicoloniais não são os mesmos dos países capitalistas avançados. A razão para isto é a lei imutável do capitalismo que coloca os países em diferentes estágios econômicos, sociais e de desenvolvimento. Consequentemente os países atravessam diferentes revoluções e períodos históricos.
Nos países capitalistas avançados a luta antiimperialista é diretamente anticapitalista, enfrentando os burgueses monopolistas e visando uma revolução socialista. Todavia, nos países semicoloniais e semifeudais, a luta antiimperialista visa uma revolução de nova democracia que acaba com a hegemonia do burguês comprador e dos grandes latifundiários.
Embora seus contextos históricos sejam diferentes, essas duas revoluções são componentes da revolução socialista mundial e visam estabelecer a ditadura do proletariado. A revolução socialista, estabelecendo a ditadura do proletariado, é direta e suas alianças são estreitas. A revolução de nova democracia, estabelecendo a ditadura do proletariado, é indireta e suas alianças são mais amplas. Embora suas maneiras de suceder sejam diferentes, ambas visam o fim da opressão de classe feita pela burguesia, criam a hegemonia do proletariado e a sociedade sem exploração de classe, e, finalmente, o comunismo.
No mundo de hoje, aqueles que fazem a luta real contra o imperialismo e persistem em fazê-la são as organizações comunistas que aspiram atingir o comunismo para destruir o poder político das classes reacionárias, mudar a sociedade economicamente de forma revolucionária, e realizar a revolução de nova democracia com a perspectiva do socialismo.
As forças nacionalistas pequeno-burguesas que fazem as lutas de libertação social e nacional contra o imperialismo e seus lacaios são antiimperialistas e revolucionárias. Mas seu entendimento de ser antiimperialistas é limitado e estreito. Essas forças podem causar danos sérios à hegemonia imperialista e podem conseguir importantes sucessos. Podem até realizar uma revolução nacionalista pequeno-burguesa. Mas não podem levar a revolução, realizada por eles, a um estágio de terminar com a dominação da burguesia por causa de sua ausência de característica e de ideologia proletárias.
Da experiência anterior nós aprendemos que esses movimentos em um certo estágio de progressão encontram um lugar dentro do sistema capitalista imperialista e se integram a ele. No entanto, já que mantém sua natureza revolucionária, essas forças são nossas aliadas mais próximas na luta antiimperialista revolucionária.
Se elas não lutam contra o imperialismo e seus lacaios, em uma via revolucionária, visando o poder político, se não atacam o coração do problema e não criam alianças com as forças revolucionárias, então não importa quais benefícios suas atividades tragam - elas não podem ser consideradas antiimperialistas.
A fonte de todo e qualquer tipo de exploração, crueldade, pobreza e injustiça é o sistema imperialista-capitalista e os proprietários desse sistema reacionário que são a burguesia imperialista e seus colaboradores e lacaios. Portanto, não é possível se ter liberdade, paz e solidariedade verdadeiras sem acabar com a hegemonia econômica, social, ideológica, política, cultural e militar desse poder reacionário, destruindo o Estado, e criando a ditadura dos explorados e oprimidos.
Hoje em dia, há outras organizações que tentam se mostrar como antiimperialistas e democráticas exercendo muitas atividades. Mas em nossa opinião, os critérios para ser antiimperialistas são: apoiar e dar como válidas as lutas revolucionárias dos movimentos sociais e nacionais de libertação, observando a fonte dos problemas econômicos e sociais, e levando todas essas questões para os níveis democráticos a partir do ponto de vista de se avançar a luta de classes.
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