Cento e vinte e dois anos se passaram desde que os trabalhadores norteamericanos decretaram, em 1º de maio de 1886, uma greve nacional pela jornada de 8 horas de trabalho. A reivindicação era: "8 horas de trabalho, 8 horas de sono, 8 horas de lazer". A situação era extremamente difícil para os trabalhadores — não só para os norte-americanos, mas para todos aqueles que viviam em países que começavam a se industrializar.
Nos dias seguintes, a greve foi duramente reprimida pela polícia e resultou na prisão de milhares de trabalhadores, em sedes de sindicatos incendiadas e em facínoras pagos pelos patrões invadindo casas para espancar trabalhadores e destruir seus pertences. A justiça patronal levou a julgamento os líderes do movimento e condenou alguns à morte e outros à prisão perpétua.
Questões adormecidas
Mas a luta pela redução da jornada de trabalho se espalhou pelo mundo e chegou ao Brasil. E o 1º de Maio se transformou em “Dia Internacional dos Trabalhadores”, um dia durante o qual os trabalhadores devem manifestar os objetivos comuns de suas reivindicações, bem como sua solidariedade. Muitos foram os que deram a vida por um mundo melhor, do massacre de Chicago aos dias de hoje. Os tempos atuais são difíceis para os trabalhadores. Além do elevado desemprego, temos jornadas de trabalho extensas com salários reduzidos. Esta realidade trouxe à tona novamente questões que pareciam adormecidas. Tal como no fi nal do século XIX, a redução da jornada de trabalho é a principal bandeira do movimento sindical brasileiro atualmente.
.
CTB reverencia memória dos mártires dos trabalhadores
.
Neste “Dia Internacional dos Trabalhadores”, a CTB reverencia a memória daqueles que pagaram com a vida a conquista dos direitos sociais e trabalhistas da classe trabalhadora brasileira, como os operários Antônio Martinez (assassinado durante a greve geral de 1917), Manoel Fiel Filho (assassinado em 1976), Ângelo Arroyo (assassinado na “chacina da Lapa” também em 1976), Santo Dias (assassinado durante uma greve em São Paulo); o jornalista Wladimir Herzog, massacrado nos porões da repressão; e os mártires da luta pela reforma agrária Margarida Maria Alves e João Canuto — em nome dos quais reverencia a memória de todos os mártires da luta histórica pela emancipação dos trabalhadores em todo o mundo.
topo
Nenhum comentário:
Postar um comentário