por Nestor Marin Bandomo
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Uma igantesca marcha que durou mais de quatro horas percorreu a capital de Honduras para exigir a restituição do estado de direito e do presidente constitucional, Manuel Zelaya. O 54° dia de resistência tem sido um sucesso. Tem sabor a triunfo, afirmou esta tarde o coordenador geral da Frente Nacional contra o golpe de Estado, Juan Barahona, em um ato ao final da longa caminada.
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Barahona ressaltou que milhares e milhares de pessoas desfilaram contra o golpe militar de 28 de junho, ao referir à multidão que saiu nesta quinta-feira às ruas.
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Acerca-se o triunfo do povo, porque a resistência não é só na capital, senão nos 18 departamentos do país, disse no mitin, celebrado a uns 300 metros do quartel geral das forças armadas.
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Na demonstração tomaram parte as associações de prfessores e agrupamentos estudiantis, depois da decisão da Federação de Organizações Magisteriales de retornar às ações de rua nas quintas, sextas, sábados e domingos, e dar as aulas no resto da semana.
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Os membros do Frente começaram a concentrar-se a partir de 08:00 horas frente a Universidade Pedagógica Nacional e às 10:00 iniciaram um longo percurso por bairros populares.
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Durante o trajeto, fizeram várias paradas para confraternizar com a população que saiu para aplaudir a manifestação.
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No bulevar do Sur a Comissão de Disciplina detectou dois jovens dentro da marcha, carregados de pedras, quase ao passar em frente a um Distrito Policial, reforçado com tropas do exército.
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As duas pessoas foram retiradas da marcha por suspeitas de ser provocadores contratados pelo prefeito da capital, Ricardo Álvarez, do conservador Partido Nacional, que respalda ao governo de fato.
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Uns 200 metros mais abaixo, seis jovens subiram por uma coluna de 10 metros de altura em uma colina, para abrir um enorme cartaz com elogios ao presidente de facto, Roberto Micheletti.
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A queda do gigantesco cartaz provocou múltiplas expressões de alegria da multidão, que gritava 'Fora Micheletti'.
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Barahona anunciou que amanhã continuará a resistência popular contra o golpe militar, pelo regresso de Zelaya e a convocação a uma assembléia nacional constituinte que refunda a Honduras.
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