Além do Cidadão Kane

sábado, 1 de agosto de 2009

Morre professor ferido pela repressão policial em Honduras

Tradução Rosalvo Maciel
O professor hondurenho que foi ferido à bala na cabeça na quinta-feira, quando militares e policiais, sob as ordens das autoridades de fato, avançaram contra um protesto em favor do legítimo presidente, Manuel Zelaya, morreu este sábado após permanecer em coma durante três dias, segundo informou a família e o sindicato de docentes. Esta é a quarta vítima desde o golpe de Estado em 28 de junho passado. às 00h30 hora local (06h30 GMT) do sábado, Roger Abraham Vallejo "deixou de respirar", segundo confirmou o dirigente do sindicato os professores, Sergio Rivera.
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A enviada especial da teleSUR a Tegucigalpa Madeline García detalhou por telefone que os preparativos para o funeral o enterro do professor já estão adiantados, e que se prevê sepultá-lo este mesmo sábado.
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O cidadão hondurenho, vítima da repressão militar que impera na nação, entrou em coma na quinta-feira após ser operado depois dos incidentes em uma rodovia de acesso à capital hondurenha.
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A morte de Vallejo representa a quarta desde o golpe de Estado do dia 28 de junho passado, como conseqüência das persistentes agressões das forças de segurança contra o povo.
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Vallejo, de 38 anos de idade, deixa esposa e um filho de 10 meses, segundo Rivera, que assegurou que o sentimento entre seus companheiros do sindicato de professores é de "indignação, muita indignação".
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O cidadão hondurenho foi atingido por uma bala disparada pela Polícia, quando, mediante o uso da força, militares e agentes policiais dispersavam um bloqueio na rodovia da saída norte da capital, que se mantinha em protesto contra o governo de fato, presidido por Roberto Michelleti.
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Nestes fatos houve seis feridos e 88 detidos, segundo a polícia, enquanto que a Frente de Resistência Contra o Golpe afirma a existência de 72 feridos e mais de uma centena de presos.
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O setor de professores hondurenhos, uma das associações mais fortes do país, constitui, junto com os camponeses, um dos pilares do movimento que exige o retorno da institucionalidade democrática no país centro-americano.
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Neste sábado, o povo continuará em sua luta pelo retorno de Zelaya. Para este dia, artistas de Honduras unirão esforços para acompanhar a prolongada resistência popular contra o golpe de Estado, que completa sua trigésima quinta jornada consecutiva.
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O coordenador geral da Frente Nacional contra o golpe de Estado, Juan Barahona, anunciou na quarta-feira um ato político-cultural como a atividade em defesa da restituição da ordem constitucional neste sábado.
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Original em teleSUR

2 comentários:

Gil Vaz disse...

A rádio Globo de Honduras está legada direto aqui. Venceremos com certeza!
Fora golpistas!

filipe disse...

Notícia hoje divulgada pela ABN informa que foi assassinado, com vinte e cinco punhaladas, outro professor hondurenho, Martin Barrientos, após assistir ao velório do seu colega Róger Vallejo, assassinado antes pelos golpistas com um tiro na cabeça.
As organizações sindicais de professores têm uma palavra a dizer. Apelemos para que não deixem de o fazer.
Saudações comunistas.

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