A América Latina e o Caribe aumentarão este ano em três milhões as pessoas em extrema pobreza ou indigência, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
Às vésperas do Dia Mundial da Alimentação, essa agencia adiantou que os famintos nessa região serão 71 milhões, ao conjugar-se uma crise alimentar com uma econômica global.
As previsões da FAO indicam que a recessão provocará até o fim do ano um retrocesso dos subnutridos ao nível que se registrou há 20 anos, ou seja, de 45 milhões entre 2004 e 2006, aos 53 milhões que se contaram no inicio da década de 90.
O informe intitulado Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional na América Latina e no Caribe 2009, afirmou que os avanços dos últimos 20 anos, praticamente desapareceram.
De acordo com a Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL), citada pela FAO, a atual crise impediu que entre 10 e 11 milhões de pessoas abandonassem s listas da pobreza em 2008.
Igualmente mostrou que os cidadãos em situação de pobreza extrema aumentaram em três milhões na América Latina e no Caribe, fundamentalmente pela elevação do preço dos alimentos.
Tais condições atrasaram em quase duas décadas o progresso no combate à fome na região, apontou a FAO.
O brusco repique da fome causado pela crise econômica atingiu com maior força às pessoas mais pobres nos países em desenvolvimento.
Os números citados põe em evidencia a fragilidade do sistema alimentar mundial e a necessidade urgente de sua reforma.
Fonte: Prensa Latina.
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