Além do Cidadão Kane

sábado, 17 de outubro de 2009

Fome Zero reduziu a desnutrição infantil em 73%, diz ONG

O grupo ativista ActionAid divulgou relatório nesta sexta-feira (16) elogiando o Brasil e a China pelos esforços feitos para combater a fome nos países. O documento cita o programa Fome Zero, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reduziu a desnutrição infantil em 73% e a mortalidade infantil em 45% no Brasil. A China reduziu o número de pessoas que passam fome em 58 milhões ao longo de dez anos.
Contrastando com isso, outros 30 milhões se somaram às fileiras dos que passam fome na Índia desde meados dos anos 1990, apesar do aumento da renda per capita nesse país, e 47% das crianças com menos de 6 anos de idade estão abaixo do peso.
O documento aponta ainda que a maioria dos países ricos vem descumprindo suas promessas de aumentar a ajuda alimentar e agrícola dada aos países pobres.
Divulgado no Dia Mundial da Alimentação, o relatório também afirma que as promessas recentes do G8 de gastar US$ 20 bilhões nos próximos três anos para ajudar os países pobres a se alimentarem não estão sendo cumpridas e que não foi fixado nenhum cronograma claro para as ações.
O número de pessoas que passam fome no mundo ultrapassou 1 bilhão este ano --105 milhões mais que em 2008--, e o ActionAid redigiu uma tabela mostrando até que ponto os países ricos vêm cumprindo suas promessas de aumentar a ajuda.
A tabela mede a ajuda dada para a agricultura e a segurança alimentar entre 2005 e 2007, comparando-a com um chamado lançado pela ONU por US$ 30 bilhões anuais adicionais até 2012.
De acordo com o documento, com a exceção dos três maiores doadores --Luxemburgo, Suécia e Noruega--, a maioria dos países ricos não cumpre nem sequer metade do que é esperado deles para atingirem o alvo fixado para 2012.
O relatório também lança um olhar crítico sobre as promessas do G8 feitas numa cúpula na Itália em julho.A cúpula do G20 realizada em setembro resultou num pedido ao Banco Mundial para que fosse criado um fundo para aumentar os investimentos agrícolas nos países pobres, mas não foi fixado um prazo ou cronograma para a criação.
O embaixador dos EUA junto às agências alimentares da ONU disse em Roma nesta semana que Washington vai depositar nesse fundo os US$ 3,5 bilhões que prometeu como parte da iniciativa do G8, mas que a forma exata que o valor irá tomar ainda não foi determinada.
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Original em Vermelho

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