Gilson Caroni Filho
Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Observatório da Imprensa.
Postado por O Velho Comunista às 09:56
Marcadores: Brasil, Direitos Humanos, Golpe de 64, Lula, terrorismo de Estado, tortura
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Cuando con sangre escribe
Fidel este soldado que por la Patria
muere, no digáis miserere:
esa sangre es el símbolo de la
Patria que vive.
Cuando su voz en pena,
lengua para expresarse parece que
no halla,
no digáis que se calla,
pues en la pura lengua de la Patria
resuena.
Cuando su cuerpo baja
exánime a la tierra que lo cubre
ambiciosa,
no digáis que reposa,
pues por la Patria en pie
resplandece y trabaja.
Ya nadie habrá que pueda
parar su corazón unido y repartido.
No digáis que se ha ido:
su sangre numerosa junto a la Patria queda
Nicolás Guillén
(Llanto de un heladero)
Por: Julio Marchan
Quando a opressão aumenta
Muitos se desencorajam Mas a coragem dele cresce. Ele organiza a luta Pelo tostão do salário, pela água do chá E pelo poder no Estado. Pergunta à propriedade: Donde vens tu? Pergunta às opiniões: A quem aproveitais? Onde quer que todos calem Ali falará ele E onde reina a opressão e se fala do Destino Ele nomeará os nomes. Onde se senta à mesa Senta-se a insatisfação à mesa A comida estraga-se E reconhece-se que o quarto é acanhado. Pra onde quer que o expulsem, para lá Vai a revolta, e donde é escorraçado Fica ainda lá o desassossego.
Bertold Brecht
Tradução de Paulo Quintela
Bertold Brecht
Sempre que a nosso casaco se rasga
Vocês vêm correndo dizer: assim não pode ser
Isso vai acabar, custe a que custar!
Cheios de fé vão aos senhores
Enquanto nós, cheios de frio, aguardamos.
E ao voltar, sempre triunfantes
Nos mostram o que por nós conquistam:
Um pequeno remendo.
Ótimo, eis o remendo
Mas onde está
O nosso casaco?
Sempre que nós gritamos de fome
Vocês vêm correndo dizer: Isso não vai continuar
É preciso ajudá-las, custe a que custar!
E cheias de ardor vão aos senhores
Enquanto nós, com ardor no estômago, esperamos.
E ao voltar, sempre triunfantes
Exibem a grande conquista:
Um pedacinho de pão.
Que bom, este é o pedaço de pão
Mas onde está
O pão?
Não precisamos só do remendo
Precisamos o casaco inteiro.
Não precisamos de pedaços de pão
Precisamos de pão verdadeiro.
Não precisamos só do emprego
Toda a fábrica precisamos.
E mais a carvão
E mais as minas
O povo no poder.
É disso que precisamos.
Que têm vocês
A nos dar?
Escorraçado pelo povo norte-americano, responsável pelo triste quadro em que os EUA se encontram internamente e diante do mundo, e conhecido de todos como o chefe da tortura de Guantánamo e Abu Graib, W. Bush se meteu, durante turnê à África, a babar comentários sobre a maior personalidade viva do planeta, Fidel Castro, estimado por seu povo como herói e admira do no planeta inteiro. Nada poderia ser mais contrastante que as bobagens de Bush e a mensagem de Fidel. Um, o bêbado, fujão do serviço militar e joguete da máfia do petróleo e de Wall Street. O terrorista nº 1 contra a Humanidade e rei do grampo. O outro, o guerrilheiro de Sierra Maestra, o líder revolucionário que libertou Cuba da ditadura e da condição de colônia dos ianques no Caribe. Que transformou uma pequena ilha num exemplo de dignidade e soberania. Fidel, capaz de juntar um milhão de pessoas para ouvi-lo, com emoção, por horas. O outro, conhecido por seus diálogos com as vacas no seu rancho e por repetir o ponto eletrônico na TV. Fidel, que liderou seu povo no apoio à libertação dos povos irmãos africanos e à derrota do apartheid. W.Bush, duas vezes genocida, no Iraque e no Afeganistão. Num certo momento, apesar de querer jogar sobre Fidel, era de si mesmo que Bush falava: “presos políticos vão apodrecer na prisão e as condições permanecerão patéticas em muitos casos”. E quando é que a “democracia de verdade” dos Bush vai fechar Guantánamo, Abu Graib, Bagram e todas as prisões negras secretas da CIA?
Hora do Povo"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."
Quem se defende porque lhe tiram o ar Ao lhe apertar a garganta, para este há um parágrafo Que diz: ele agiu em legitima defesa. Mas O mesmo parágrafo silencia Quando vocês se defendem porque lhes tiram o pão. E no entanto morre quem não come, e quem não come o suficiente Morre lentamente. Durante os anos todos em que morre Não lhe é permitido se defender.
«Avante!» Clandestino
O «Avante!» foi o jornal comunista clandestino que em todo o mundo, durante mais tempo, foi sempre produzido no interior de um país dominado por uma ditadura fascista.Durante décadas – de 15 de Fevereiro de 1931 ao 25 de Abril de 1974 – o órgão central do PCP orientou e mobilizou as lutas da classe operária e de todos os trabalhadores em pequenas e grandes batalhas contra o capital e contra o regime fundado por Salazar e prosseguido por Caetano, orientou e mobilizou sectores democráticos que perfilharam, com os comunistas, uma política de unidade antifascista visando o derrubamento da ditadura terrorista dos monopólios e dos latifúndios aliados ao imperialismo e a conquista da liberdade e da democracia.
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Pesquisa nacional encomendada pelo PSDB revelou que a maioria dos eleitores aprova um novo mandato para o presidente Lula. A sondagem, que ouviu 3.500 pessoas em todo o Brasil, foi realizada apenas para consumo interno, mas acabou vazando. Perguntados se votariam em Lula para um terceiro mandato, no caso dele poder se candidatar nas eleições presidenciais de 2010, 56% dos entrevistados responderam afirmativamente. As privatizações de FH foram consideradas o pior dos tucanos.
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Bertold Brecht
Do rio que tudo arrasta se diz que é violento.
Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem.
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