Além do Cidadão Kane

sábado, 5 de setembro de 2009

Governo dos EUA recruta jovens venezuelanos contra Cháves

Traduzido por Rosalvo Maciel
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O Departamento de Estado dos Estados Unidos organizou e financiou uma viajem de oito jovens políticos venezuelanos a território estadunidense para recrutar e formar atores políticos que logo promoverão a agenda imperialista na Venezuela centrada em uma campanha contra o presidente desse país, Hugo Chávez.

Assim denunciou a escritora e advogada estadunidense-venezuelana Eva Golinger, em uma nota enviada a vários meios de comunicação, entre eles teleSUR, na qual asseverou que os oito jovens venezuelanos foram selecionados pelo Departamento de Estado como parte do programa denominado A Democracia para os jovens líderes políticos.

Este programa é parte do projeto de intercambio Líderes Visitantes Internacionais - Venezuela que é utilizado pelo Governo estadunidense para estreitar os vínculos entre a juventude republicana desse país e setores juvenis da direita venezuelana.

Acrescentou que a visita aos Estados Unidos na qual os jovens venezuelanos estiveram acompanhados por representantes do Departamento de Estado, era de três semanas, isto é, entre 17 de agosto e 4 de setembro.

Segundo Golinger, os jovens da direita venezuelana visitaram diferentes cidades estadunidenses para realizar reuniões com grupos e instituições políticas desse país, alem de meios de comunicação e agencias de Washington que promovem a "democracia".

A intelectual expressou que o programa Líderes Visitantes Internacionais do Departamento de Estado foi criado como parte de uma iniciativa de propaganda estadunidense, com o objetivo de recrutar porta-vozes e atores políticos internacionais dispostos a promover a agenda imperial.

Afirmou que durante o programa, os participantes assistiram a cursos de formação conduzidos por representantes políticos dos Estados Unidos em democracia representativa, liberdade de imprensa e fortalecimento de partidos políticos e liderança, entre outros temas.

"Esta viajem em particular ocorre durante um momento em que a direita internacional, junto com Washington, está executando uma campanha suja contra o governo venezuelano e a revolução bolivariana, com ênfase na figura do presidente Chávez. Nesse contexto, os jovens venezuelanos, pagos e acompanhados pelo Departamento de Estado durante sua visita, deram declarações à imprensa estadunidense, atacando, denunciando e tentando desacreditar o presidente Chávez e as políticas do governo venezuelano", comentou Golinger.

Indicou que um dos estudantes venezuelanos, Gabriel Alejandro Gallo Garrido, diretor e coordenador do Parlamento Nacional Estudantil do Distrito Capital, declarou à imprensa dos Estados Unidos que "nós (na Venezuela) não sabemos como funciona uma democracia. O modelo socialista do presidente Hugo Chávez é uma piada e ele (Chávez) mente quando diz que garante o atendimento médico e a saúde para todos os cidadãos. Os médicos cubanos não são especialistas e só dão atendimento preventivo".

Também disse que José Ignacio Cayetaño Guédez Yépez, vice-presidente do partido Um Novo Tempo no estado Lara, declarou à imprensa estadunidense que "os Estados Unidos têm o melhor modelo de democracia no mundo, pelo menos têm um sistema, na Venezuela, para alguém como eu que se opõe a Chávez, não temos nada…"

A visita dos jovens venezuelanos apoiados pelo Departamento de Estado vem justamente quando a oposição venezuelana está tentando promover novamente a desestabilização no país com a intenção de atrair a atenção internacional.

Tem realizado vários protestos violentos contra a recém aprovada Lei Orgânica da Educação e uma marcha com o título "Não mais Chávez" que busca incitar ao ódio, à violência, à desestabilização e ao magnicídio contra o presidente Chávez.

Em seu texto Golinger considerou de alta preocupação que a estas alturas o Departamento de Estado abertamente está financiando a jovens da oposição venezuelana para ir aos Estados Unidos e falar mal de seu país e seu presidente. De fato, é um ato que transforma estes oito indivíduos em agentes de Washington, executando uma campanha de desestabilização contra o governo venezuelano financiada pelo Departamento de Estado. Os jovens venezuelanos também estão promovendo a marcha Não mais Chávez nos Estados Unidos durante sua visita.

'Este vínculo confirma sem duvida que Washington atualmente está por trás da campanha internacional para satanizar ao presidente Chávez e promover ódio, violência e magnicídio contra ele', manifestou Golinger.

Adicionalmente, confirmou que o Departamento de Estado segue financiando ativamente o movimento estudantil da oposição na Venezuela e ao partido político Um Novo Tempo, por quanto estas duas organizações são os principais promotores da desestabilização no país.

Os oito jovens venezuelanos financiados pelo Departamento de Estado nesta ocasião incluem a Zaimar Yulieth Castillo Carvajal, secretaria de Assuntos Interinstitucionais da Federação de Estudantes de Direito da Venezuela (Fedeve); e Gabriel Alejandro Gallo Garrido, diretor e coordenador do Parlamento Nacional Estudantil pelo Distrito Capital.

Também foram José Ignacio Cayetano Guédez Yépez, vice-presidente de Um Novo Tempo no estado Lara e Ángel de Jesús Paredes Monsalve, membro do Conselho de Estudantes de Ciências Políticas da Universidade dos Andes.

Do mesmo modo, participaram Víctor Martín Pérez Moreno, líder fundador e coordenador do Movimento Estudantil na Universidade de Oriente; Anaís de los Ángeles Plaza Izquierdo, coordenadora de Organização do Movimento Estudantil Nacional de Um Novo Tempo; Danny Alejandro Ramírez Contreras, assessor do Programa Especial de Segurança de San Cristóbal, estado Táchira; e Aimara Tibisay Ribas Palacios, assistente presidente da Federação de Centros de Estudantes da Universidade dos Andes.

Fonte: Telesur

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