Além do Cidadão Kane

sábado, 26 de setembro de 2009

Impedem auxilio depois de ataque químico a embaixada em Tegucigalpa

por Bianka de Jesus

O regime de fato em Honduras impede que a Cruz Vermelha Internacional auxilie ao presidente Manuel Zelaya e outras 70 pessoas, vítimas de gases tóxicos lançados pelos militares contra a embaixada brasileira.

Altas concentrações de amoníaco e de cianeto de hidrogênio estão no ar, confirmaram medidas realizadas nos arredores da sede diplomática pelo especialista Mauricio Castelhanos; o qual faz prever que ao interior do recinto a situação seja bem mais grave.

O médico Marcos Girón, quem se encontra junto a Zelaya no edifício da missão diplomática, exigiu que se permita o auxilio humanitário, impedido até o momento pelos golpistas, segundo o mandatário constitucional, em declarações à imprensa.

Vômitos, náusea, sangramento nasal, dificuldades respiratórias, dores abdominais, são os sintomas comuns que apresentam os afetados pelos químicos, explicou Girón.

Adicionalmente, informou aos jornalistas que se esgotou o pequeno lote de medicamentos do qual dispunham e enfatizou a necessidade de receber ajuda externa, pois se trata de amenizar os efeitos de tais produtos da indústria militar; para isso, médicos civis como ele carecem de devido treinamento.

"São produtos da indústria militar e não estamos preparados para esse tipo de ataque com gases; não sabemos o antídoto, precisamos mais informação sobre as reações, sintomatologia e antídotos", disse Girón.

Sem essa informação, assegurou o médico, "estamos impossibilitados para tomar as medidas necessárias", reiterando também que a Cruz Vermelha possa chegar à embaixada.

"Somos humanos e exigimos por razões humanitárias que deixem passar os medicamentos", exigiu o médico.

Original em Prensa Latina

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