Apesar de que os Estados Unidos tenham classificado ao atual governo de fato de Honduras como ilegal, a Agencia Estadunidense para Desenvolvimento Internacional (USAID, em inglês) tem programado beneficiar a Honduras com cerca de 47 milhões de dólares em fundos para o ano fiscal 2009, que finalizará no próximo dia 30 de setembro.
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Entre algumas das áreas desse financiamento destacam-se a ajuda milionária que está enviando esta organização para as operações previstas para as eleições do próximo mês de novembro, as quais têm sido duramente condenadas por setores da opinião pública internacional.
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Em um relatório de auditoria emitido no último mês de junho pelo Escritório do Inspetor Geral (EIG) da Usaid, se revela que o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) de Honduras recebeu assistência técnica do Consorcio para Processos Eleitorais e Políticos, com o qual foi feito um acordo de 1,8 milhões de dólares com o USAID, para levar a cabo as eleições hondurenhas.
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Este organismo eleitoral do país centro-americano teve um papel importante na concepção das justificativas legais que conduziram ao seqüestro, e derrubada do presidente de Honduras, Manuel Zelaya.
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Entidades como o USAID e sua congênere, a Fundação Nacional para a Democracia (NED, em inglês), financiadas pelo contribuinte comum estadunidense, tem sido o centro da atenção no passado por supostamente ter financiado grupos de oposição a Hugo Chávez vinculados ao fracassado golpe de estado contra ele na Venezuela em 2002.
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De igual forma, a NED é também um ator em cena na chamada “boa governabilidade” em Honduras e, conforme seu sitio na internet, em fornecer as subvenções que, segundo a fundação, promovem o avanço da democracia na América Latina, inclusive Honduras, dentro do que se destaca a promoção de grupos de pressão para impulsionar a partidos políticos que desenvolvam posições concretas em temas chave que resultarão em iniciativas para a campanha eleitoral de novembro próximo, tudo isto com um aporte de quase um milhão de dólares.
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Segundo as investigações de muitos meios estadunidenses, estas instituições encarregadas de financiar diferentes movimentos políticos na América Latina, têm servido de sustentação ao atual regime de fato que governa Honduras, defendendo as ações do golpe de Estado de 28 de junho quando Zelaya foi tirado do poder e levado à Costa Rica.
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Justificação desnecessária
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“USAID está evitando tomar decisões que destruíssem e interferissem os programas humanitários que beneficiam diretamente ao povo de Honduras e atividades de boa governabilidade com organizações não governamentais que são vitais para assegurar um forte império da lei”, disse Lisa Hibbert-Simpson, relações públicas desta agencia, a meios de comunicação esta semana, divulgou o portal da Telesur.
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“Seguindo os eventos de 28 de junho em Honduras, o USAID suspendeu atividades e projetos financiados previamente totalizando 3,7 milhões de dólares em educação básica, planejamento familiar e algumas atividades ambientais”, assegurou.
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Por sua vez, a porta-voz do Departamento de Estado estadunidense, Laura Tischler, expressou que seu país tem adotado uma política de suspender programas que teriam que finalizar legalmente, se Washington declara a situação em Honduras como golpe militar de acordo com a secção 7008 da Lei de Operações Estrangeiras dos Estados Unidos.
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No entanto, reiterou que como o governo ainda não definiu o golpe de Estado de Honduras legalmente como tal, ainda não está assinada a suspensão de todo este tipo de fundos.
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De acordo com o Departamento de Estado, a secção 7008 não proíbe às agencias estadunidenses de continuar provendo assistência ao governo de país que é considerado como violador da norma.
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Um porta-voz do Departamento de Estado estadunidense explicou que o país centro-americano de Honduras ainda está sendo provido, entre outras áreas, na assistência, como o envio de alimentos, medicamentos contra VIH/SIDA e prevenção de outras enfermidades, sobrevivência infantil, e assistência em desastres, bem como assistência eleitoral para facilitar eleições presidenciais livres e justas; mesmo quando setores que se opõe ao regime de Roberto Micheletti indicam que qualquer esperança de eleições abertas e livres seria contrario ao estabelecido na base da constitucionalidade.
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Tradução Vasco Malleiro
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Original em ABN
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