O novo relatório do Bureau de Recenseamento dos EUA intitulado “Renda, Pobreza e Cobertura de Saúde nos Estados Unidos: 2008”, recém lançado, apontou que a pobreza atingiu nesse ano 13,2% da população, o nível mais alto em 11 anos, e quase o dobro, 24,7% entre os negros. Nas medidas conservadoras do Bureau, 39,8 milhões de pessoas haviam caído na pobreza, o nível mais elevado desde 1960; 17,1 milhões viviam em condições de extrema pobreza (metade da renda considerada como pobre).
O Bureau registrou ainda que a média ajustada pela inflação da renda por família caiu 3,6%, o maior declínio em um só ano desde 1997, com as condições continuando a piorar com a crise econômica e o desemprego em massa. A pesquisa revelou também que 31% de todos os norte-americanos estiveram na pobreza em pelo menos dois meses entre 2004 e 2007, anos de expansão econômica. De acordo com o Instituto de Política Econômica, um quarto de todas as crianças norte-americanas estarão vivendo na pobreza este ano. Também está aumentando o número de sem-teto.
Quanto à assistência médica, o Bureau computou que o número dos sem cobertura foi de 46, 3 milhões no ano passado (15,4%) da população. Segundo a “Associação Americana de Saúde Pública” pelo menos outros 25 milhões estão em grave risco se sofrerem um problema mais sério de saúde, não coberto por seu plano atual. Já a “Famílias EUA” estimou em 90 milhões o número de americanos que ficaram sem seguro-saúde em algum momento de 2007 ou 2008.
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Original em Hora do Povo
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