Além do Cidadão Kane

terça-feira, 30 de junho de 2009

Hondurenhos marcham para a capital apesar da repressão

Hondurenhos que apóiam ao presidente legítimo Manuel Zelaya se mobilizam desde o interior do país com o fim de chegar a Tegucigalpa para somar-se ao que exigem a restauração imediata da ordem constitucional. "O exército do povo fará frente ao exército repressor, não levamos armas, só levamos o espírito de luta e defesa da democracia", disse a teleSUR o dirigente social Freddy Vega.

Detalhou que frente ao silencio midiático, tem sido através das mobilizações pelo país que estão despertando o espírito de "resistência" de todos os hondurenhos. Assinalou que nenhuma instituição escolar voltará às atividades até que Zelaya retorne ao país.

Vega informou da realização de varias assembléias de cidadãos nas quais se determinará o plano de ação para receber na próxima quinta-feira ao presidente Manuel Zelaya, o qual anunciou que voltará ao país acompanhado do Secretario Geral da OEA, José Miguel Insulza; da presidente argentina Cristina Fernández e do mandatário do Equador, Rafael Correa.

"Chegaremos a todos os rincões do país porque tomamos a decisão de avançar até Tegucigalpa. Vamos em frente, em cada comunidade estamos mobilizando gente", acrescentou.

Insistiu em que apesar de que sabem que os militares os estão esperando para detê-los e reprimi-los "continuaremos marchando".

As forças militares ordenadas pelo governo de fato de Honduras, continuam reprimido nesta terça aos movimentos sociais, que se encontram nas ruas de diversas localidades do país para pedir o regresso do presidente Manuel Zelaya, seqüestrado domingo passado e levado a Costa Rica.

Eusebio Fernández, dirigente popular, detalhou a teleSUR que para esta quarta-feira está prevista uma mobilização popular a nível nacional como atividade previa para receber quinta-feira ao presidente Manuel Zelaya.

"Estamos dispostos a lutar pela democracia do país. O povo hondurenho está vivo e exigimos o retorno do presidente Manuel Zelaya", acrescentou.

O dirigente da Via Campesina, Rafael Alegría, declarou à teleSUR que "segue a resistência de nosso povo pelo regresso do presidente Manuel Zelaya. Neste momento realizamos uma manifestação bastante grande e no interior do país se mantém a resistência, também está praticamente paralisada a nação".

"Não há aulas no primário, secundário, o magistério está em greve", disse.

Por sua parte, Rafael Ramírez, um dos assistentes da marcha que levam a cabo os movimentos sociais em San Pedro Sula (a oeste do país), detalhou em contato telefônico com teleSUR, que os golpistas fecharam as vias nessa localidade para evitar que os manifestantes se reúnam nesta marcha pacífica.
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"Temos tomada as estradas até Tegucigalpa. Apesar de que este governo de fato nos tem incomunicáveis, vamos fazer uma marcha massiva, para fazer respeitar a democracia, com esta manifestação que partiu de Santa Bárbara (noroeste) até Tegucigalpa (sudeste)", enfatizou.
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O titular da Coordenadoria de Movimentos Sociais de Honduras, Luther Castillo, anunciou que já começaram a chegar a Tegucigalpa "reforços populares" em apoio a Manuel Zelaya, a quem reconhecem como único governante do país centro-americano.
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"Hoje se somaram novos contingentes de companheiros deslocados desde diferentes partes do país; indígenas e afro descendentes", reforçou Castillo em uma chamada telefônica exclusiva para teleSUR.
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"Em todo o país existe um forte movimento popular" e na capital "todas as organizações populares decidimos reiniciar hoje as concentrações" em repudio a Roberto Michelleti, investido pelo Congresso no lugar de Zelaya, presidente seqüestrado no domingo passado por forças militares e levado a Costa Rica.
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TeleSUR / in-YR
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Traduzido por Rosalvo Maciel

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