Ainda que o líder do NPD, Udo Vigth, tenha admitido que seu partido enfrentava uma crise existencialista, pelas dificuldades financeiras registradas nos últimos anos, o palco propício para as ideias que difunde se fortaleceu, informa o semanário Der Spiegel.
Um relatório realizado pelo governo do chanceler federal, a democrata-cristã Angela Merkel, afirma que 14,4 por cento dos 20 mil jovens de 15 anos interrogados é altamente xenófobo.O NPD, descrito pela inteligência germana como uma organização racista, antisemita, revisionista, a favor de eliminar a democracia e de formar o IV Reich, possui dificuldades financeiras, mas encontra a cada vez mais respaldo, sobretudo, no leste do país.
A investigação governamental de dois anos mostra que 26,2 por cento dos adolescentes interrogados apresenta claras atitudes xenófobas, enquanto outro 11,5 registra simpatias com as ideias neonazista.
O ministro germano do Interior, Wolfgang Schueble, reconheceu que esperava um crescimento considerável do número dos referidos casos, mas “nunca pensei que fosse tão alto”, apontou.
Analistas citados pela publicação destacaram a assistência de quase oito mil seguidores do NPD a uma marcha para comemorar o 62° aniversário do bombardeio aliado contra a cidade de Dresde, feito que os ultranacionalistas qualificam de Bombardeio do Holocausto”.
O número de ações de caráter antisemita ou xenófobo chegou a 13.985, em 2008, 28 pontos percentuais mais que no ano anterior, no entanto em 735 delas se uso a violência, para um aumento de 14,5 por cento com respeito a 2007.
As regiões onde mais se registram esses casos são os estados que formavam a desaparecida República Democrática Alemã, onde na maioria dos casos o governo descumpriu as promessas de potenciar a bonança econômica, lançadas depois da reunificação germana.
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