Rosalvo Maciel
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Durante 13 anos da minha vida trabalhei como operário da Petrobrás no Setor de Utilidades da Refinaria Alberto Pasqualini em Canoas. A maior parte dos anos em que lá trabalhei foram durante a ditadura militar e, mesmo neste período negro da história brasileira, os movimentos reinvindicatórios sempre foram, tanto por parte dos operários como da Petrobrás, realizados dentro das mais rígidas normas de segurança. Em nenhuma ocasião, durante esses anos, foram colocados em risco nem os bens materiais nem os humanos dentro do parque de operações.
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É com extremo espanto que recebo hoje a informação de que, por determinação da Superintendência da REPLAN, foram mantidos trabalhando os operadores de um grupo de turno pelo período de 45 horas. Só a completa estupidez e incompetência administrativa poderia fazer tal coisa. Com essa atitude a Superintendência da REPLAN colocou em risco real não só o patrimônio da empresa, como a vida dos operários e da própria população de Paulínia.
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Só quem já viveu a experiência do estresse de operar uma refinaria de petróleo pode avaliar o quanto perto do desastre - e desastre de grandes proporções - esteve a população de Paulínia.
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Não é possível aceitar que a insensibilidade da direção da Petrobrás tenha deixado que a falta de diálogo com os operários levasse a uma situação de tal risco.
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