Marco Aurélio Weissheimer.
Yeda Crusius é a principal responsável pelos protestos que vêm ocorrendo no Rio Grande do Sul. A erosão da credibilidade chegou literalmente à porta da casa da governadora tucana. E essa casa é um símbolo melancólico do auto-intitulado “novo jeito de governar”. A denúncia mais forte sobre a ilegalidade que cerca a compra da casa partiu não da oposição, mas de alguém que trabalhou diretamente da campanha de Yeda, que trabalhou, entre outras coisas, na captação de recursos. É Lair Ferst que acusa a governadora de ter usado sobras de campanha na compra da casa. É o vice-governador Paulo Feijó que acusa a governadora de várias irregularidades. É o ex-secretário estadual de Segurança, Ênio Bacci, e o ex-ouvidor dessa secretaria, Adão Paiani, que denunciam a existência de uma quadrilha no Piratini. É disso que se trata.
O desequilíbrio da governadora é tal que ela não hesitou em expor os próprios netos a uma situação constrangedora. A direita e seus braços midiáticos salivam de raiva quando acusam o MST de expor crianças em protestos. As fotos de Roberto Vinicius mostram Yeda e sua filha, Tarsila, reagindo aos gritos contra os manifestantes. Estavam fazendo o protesto contra o protesto. Yeda acusou os professores que participaram da manifestação de serem “torturadores de criança”. Se a intenção da governadora e de sua filha era expor a face de vítimas torturadas, acabou produzindo um espetáculo deprimente e constrangedor. Uma intenção que torna a própria família refém de uma tentativa desesperada de vitimização. Pobres crianças! Pobre Rio Grande do Sul, um Estado que desce a ladeira em alta velocidade.
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As fotos são de Roberto Vinicius, da Agência Free lancer
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