A administração do presidente Barack Obama terá que fazer um esforço maior para clarear as suspeitas sobre a intervenção de instituições de seu país no golpe de Estado em Honduras.
Rogelio Polanco, diretor do diário Juventud Rebelde, afirmou neste domingo na Mesa Redonda Especial da televisão e radio cubana, que expôs questões sobre a possível participação de círculos de poder dos EE.UU. nos fatos antidemocráticos em Honduras.
Mencionou Polanco a intervenção da presidente Cristina Fernández na reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA), que suspendeu Honduras de suas fileiras, onde denunciou que o golpe contra o presidente constitucional Manuel Zelaya põe em perigo a integridade democrática em toda a América Latina.
A presidente da Argentina alertou sobre a possibilidade de que se oficialize a pratica de golpes de estado bons ou maus, pensamento que provêem da extrema direita norte-americana, e que pretende justificar a ingerência nos governos.
Denunciou a mandatária a existência de uma estratégia mais fina, mais profunda, que não só envolva com os golpistas, métodos ocultos para mudar o rumo que toma o hemisfério.
Acrescentou Cristina Fernández que restituir ao presidente Manuel Zelaya não é só um ato de justiça para o povo de Honduras, e com o respeito irrestrito dos direitos humanos, mas também a possibilidade de continuar e aprofundar esta mudança na América Latina.
A esse respeito, recordou Polanco que grupos fundamentalistas nos EE.UU. -- dos quais faz parte a máfia adesista de origem cubana -- estão tratando de tirar proveito sobre a situação atual na nação centro-americana.
Afirmou o analista que foi o próprio ex-presidente George W. Bush quem nomeou a Hugo Llorens, atual embaixador em Honduras, o qual desempenhara o cargo de diretor de assuntos andinos do Conselho de Segurança.
Desde essa posição, Llorens assessorava à ex-secretaria de Estado Condoleezza Rice e ao próprio Bush sobre os acontecimentos em nações do cone sul, em particular Venezuela e Bolívia.
O embaixador estadunidense em Honduras foi vinculado com ações e contatos internos por parte de entidades hondurenhas que orquestraram o golpe militar, afirmou finalmente Polanco.
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