O presidente hondurenho, Manuel Zelaya, expulso de seu país apos um golpe de Estado ocorrido em 28 de junho passado, saiu hoje da embaixada de Honduras em Manágua para Estelí, 149 quilômetros ao norte da capital nicaragüense, de onde amanha viajará para a fronteira hondurenha para preparar o retorno a seu país.
A saída de Zelaya da sede diplomática rumo ao norte da Nicarágua ocorreu às 16h15min (19h15min hora de Brasília), em uma caravana de automóveis na qual viajam jornalistas que cobrem o retorno do mandatário derrubado.
Simultaneamente, o governo golpista hondurenho anunciou nesta tarde que se iniciará um toque de recolher nas zonas fronteiriças nesta quinta-feira a partir das 18h00min e terminará às 06h00min. No resto do país continuará da meia noite às 04h30min. A dita proibição ao trânsito noturno de pessoas e veículos se espera que se mantenha no país “de conformidade como sigam os acontecimentos”, como argumento que busca “resguardar” à população.
Previamente, em entrevista à imprensa, o presidente Zelaya asseverou que, apos o que considerou "o fracasso" da mediação promovida pelo mandatário costarriquense, Oscar Arias, o povo hondurenho necessita seu retorno ao país centro-americano. A entrevista se efetuou na sede da Embaixada de Honduras em Manágua, Nicarágua, de onde partirá até a fronteira com sua nação, acompanhado de uma caravana para tentar entrar.
Zelaya considerou que seu regresso devolverá a calma à sociedade civil e permitirá o retorno da democracia a seu país.
Nesta quarta-feira, o presidente golpista hondurenho, Roberto Micheletti, rechaçou o plano de Arias, o qual propunha a antecipação das eleições para o mês de outubro, assim como a criação de um Governo de unidade nacional, liderado pelo presidente legítimo e constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, até 2010.
Zelaya foi seqüestrado e expulso de seu país violentamente pelos militares em 28 de junho passado no motim militar e desde esse momento o Governo de fato tem reprimido aos manifestantes que se encontram nas ruas hondurenhas exigindo o retorno da democracia.
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