A repressão militar que dirige o governo de fato hondurenho
ontra o povo, impera nas ruas da nação. (Foto:teleSUR)
Honduras vive uma grave crise política desde 28 de junho passado, quando um golpe militar derrubou ao presidente, Manuel Zelaya. Desde esse momento a administração de fato de Roberto Micheletti se apoderou do poder e leva a cabo diferentes ações repressoras na nação, contra os que se manifestem a favor de Zelaya e do regresso à ordem constitucional.
Dois ativistas do progressista Partido Unificação Democrática (UD) foram assassinados na noite de sábado por desconhecidos no norte e ocidente do país, denunciou neste domingo um porta-voz da agremiação política.
Uma das vítimas, o dirigente social e militante de esquerda Roger Bados, de 54 anos, foi assassinado por desconhecidos na cidade nortista de San Pedro Sula, segundo informaram neste domingo fontes do movimento anti-golpista.
As primeiras versões indicam que um número não determinado de homens entrou às 20H00, hora local na casa de Bados, na colônia 6 de Maio, e lhe alvejaram.
Bados era membro do opositor Partido de Unificação Democrática e do Bloco Popular em San Pedro Sula, a uns 250 quilômetros ao norte da capital, e ex-presidente do sindicato de uma empresa de cimento da cidade.
Erasto Reyes, também dirigente social, ratificou em contato telefônico com teleSUR que "ontem à noite foi assassinado Roger Bados" um líder social da esquerda hondurenha.
"È um ato condenável e que se dá em um momento em que a crise política agrava a situação de segurança dos dirigentes", denunciou.
Considerou que a mediação que empreendeu Costa Rica para buscar soluções às circunstancias que está vivendo o povo hondurenho são "negociações que não têm futuro em San José da Costa Rica".
Reyes asseverou que o povo continua nas ruas. "Continuamos nesta jornada pacífica não violenta, nós não baixamos a guarda, seguimos na luta".
Por sua parte, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, também condenou o assassinato de Bados.
"Bados, líder do Bloco Popular e da Frente Nacional de Resistência contra o golpe de Estado, foi assassinado por desconhecidos", disse o governante ao citar o anti-golpista Juan Barahona.
Explicou que este fato forma parte da repressão seletiva, além da repressão geral.
O outro assassinado é Ramón García, de 40 anos, o qual foi obrigado a descer do veículo de transporte coletivo onde viajava no setor de Callejones, departamento ocidental de Santa Bárbara.
A informação foi confirmada por um líder da UD, Renán Valdés, qual relatou que García "foi tirado de um ônibus por desconhecidos".
Detalhou que no incidente resultaram feridas uma irmã dele e a esposa de um sobrinho.
Original em TeleSUR
Nenhum comentário:
Postar um comentário