Além do Cidadão Kane

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Honduras: Condenação Mundial de um golpe à moda antiga

O golpe de Estado das Honduras foi condenado pela ONU, pela União Européia, pelos Estados Unidos, pela OEA, por todos os governos da América Latina. O fracasso espera-o.
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Foi um “gorilazo” montado e executado à moda antiga.
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Tudo começou quando o presidente destituiu o chefe do Estado-Maior do Exército porque este se opunha a um referendo não vinculativo no qual o povo se deveria pronunciar sobre a revisão da Constituição, com efeitos a partir da próxima eleição presidencial. O Tribunal Eleitoral interveio e abusivamente, anulou a demissão do general e o referendo, e destituiu o Presidente.

Uma palavra da Casa Branca teria sido suficiente para evitar o golpe. Mas Washington permaneceu inicialmente na expectativa.
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.O exército hondurenho ocupou Tegucigalpa quando o povo saiu às ruas em defesa da legalidade institucional. A incerteza durou três dias.

Manuel Zelaya não cedeu e insistiu no referendo. Na madrugada de domingo os militares invadiram o palácio, prenderam o Presidente, meteram-no à força num avião e desembarcaram-no na Costa Rica. Zelaya chegou em pijama e descalço. Numa primeira conferência de imprensa falou como Presidente constitucional, repudiando a farsa que se desenrolava em Tegucigalpa onde as Forças Armadas e o Tribunal Eleitoral haviam designado para assumir o poder o presidente da Câmara dos Deputados.
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Entretanto, a condenação do golpe adquiria proporções mundiais. Nem um só país reconheceu o governo fantoche instalado pelos golpistas. Os movimentos sociais convocaram para hoje, segunda-feira, uma greve geral.
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Manuel Zelaya seguiu para Manágua, onde no aeroporto foi recebido pelos Presidentes Daniel Ortega da Nicarágua, Hugo Chávez da Venezuela e Rafael Correa, do Equador. Não obstante as circunstâncias serem muito diferentes, este golpe militar traz à memória aquele que em 2001 foi desencadeado na Venezuela para derrubar o Presidente Hugo Chávez. Então foi a mobilização do povo que derrotou o “cuartelazo” fascista.
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O desfecho, nas Honduras, será também a derrota dos golpistas e o regresso do Presidente.
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De comum em ambos: a derrota, de significado continental, das forças reacionárias da sociedade e a vitória do povo.
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OS EDITORES DE QDIARIO.INFO

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